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Exposição Viva Viva Escola Viva

Postado por CFB em 23/nov/2023 -

Entre 2 de dezembro de 2023 e 28 de janeiro de 2024, o Selvagem, ciclo de estudos vai celebrar as Escolas Vivas com uma grande exposição de artes e medicinas aqui na Casa França-Brasil, centro do Rio de Janeiro. VIVA VIVA ESCOLA VIVA será o primeiro grande encontro, mediado por Ailton Krenak e Cristine Takuá, dos artistas, professores, pajés e mestres que representam e conduzem as Escolas Vivas.

A abertura será no sábado, 02/12, às 15h, contará com 13 convidados indígenas e terá uma grande roda de cantos e falas de representantes de cada Escola Viva, seguida do lançamento do livro UM RIO UM PÁSSARO, de Ailton Krenak, às 17h, com mesa de autógrafos.

Serão mais de 100 obras expostas, entre elas, pinturas, desenhos Maxakali, aquarelas Baniwa, um painel de miçangas, um pano professor Huni Kuï, cestarias, animais em madeira, uma cartografia da Nhe’ërÿ – um grande mapa da Mata Atlântica pintado por jovens artistas Guarani -, uma pintura de Ailton Krenak e uma Farmácia Viva Amazônica organizada pelo Centro de Medicina Bahserikowi, que traz preparados medicinais dos povos Tukano e Desana.

Basne Puru Yuxibu, Jasoni Sales Ixã. Aldeia Mae Bena, Rio Tarauacá. | Fonte: Livro Una Shubu Hiwea

Também compõem a programação:

● Seminário APRENDIZAGEM VIVA, conduzido por Cristine Takuá, pensado para educadores, professores e agentes envolvidos com a transformação dos modelos de aprendizagem. Tem como principais temas: 

  1. O que é uma Escola Viva?;
  2. O que é uma escola?;
  3. Escuta e construção de autonomias; 
  4. Aprendizagem sensível;
  5. Relações entre seres vivos; 
  6. O Sol e a questão climática; 
  7. Inclusão de narrativas pluriversais na educação; 
  8. Criação de redes de colaboração.

Data: 4 de dezembro, das 10h às 17h, com inscrições prévias pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe4RqUA8V0em55vHYrdWxdYxDBaLs1zA_U2SemCD4BMGr6m6g/viewform

● 5 oficinas conduzidas pelo Grupo Crianças da Comunidade Selvagem ao longo do período da exposição, para crianças de 02 a 11 anos, acompanhadas por seus responsáveis ou em grupos escolares.

Data: aos sábados, dias 02, 09, 16 de dezembro de 2023 e 13 e 24 de janeiro de 2024. Por ordem de chegada.

● Estará disponível no canal do Selvagem no YouTube, a partir do dia 03 de dezembro, o filme NI ININPA CASAS DE ESSÊNCIAS HUNI KUÏ, narrado pelo pajé Dua Busë. O filme apresenta a chegada dos laboratórios de medicina indígena nas aldeias, com imagens de colheita, destilação, óleos e plantas.

Foto: Juliana Nabuco

SOBRE AS OFICINAS

O Grupo Crianças é uma iniciativa da Comunidade Selvagem que elabora vivências e materiais lúdicos e pedagógicos com e para crianças.

O grupo se movimenta no sentido de tornar outros mundos possíveis. O fio condutor do grupo é o Sol, fonte primária da energia da vida. A partir dele, são tecidas pesquisas de histórias de origem e organizadas oficinas que criam diálogos com as crianças.

 A coordenação é feita por Veronica Pinheiro, brincante, professora da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro e pesquisadora do ensino de arte para as relações étnico-raciais como mestranda do Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Realizamos encontros com crianças e professores em escolas públicas, museus, aldeias e quilombos para compartilhamento de saberes e fazeres artísticos e culturais mediados por pessoas indígenas e quilombolas.

O grupo articula-se com as Escolas Vivas através da experiência dos encontros que colaboram para o acordamento e a criação de memórias pluriversais.

Uma série de encontros acontecerá ao longo da exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA.

Entre 02 de dezembro de 2023 a 27 de janeiro de 2024, aos sábados, teremos imersões em cores, sons, formas e mitos. Serão 5 encontros, realizados pelo Grupo Crianças Selvagem em colaboração com artistas-educadores convidados. As atividades articulam referências e movimentos de vida vindos da exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA, por meio de contação de histórias, visitas guiadas à exposição e oficinas.

Dia 02 de dezembro de 2023, das 15h às 17h – Oficina “Viva Escola Viva e os Guardiões da Floresta”

Oficina de criação dedicada à semana de abertura da exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA. Por meio de histórias contadas pela educadora Veronica Pinheiro, o público infantil conhecerá o mito A canoa da transformação. Em seguida serão realizadas oficinas de desenho, tear, criação de fantoches e biojóias, mediadas por Elvira Sateré Mawé.

Dia 09 de dezembro de 2023, das 10h às 12h – Oficina “Terra viva Maxakali”

Uma experiência de imersão no mundo das tintas naturais, prática que vivencia o colorir com tintas ancestrais. Mediada por Jhon Bermond, a atividade articula memórias, saberes e fazeres tradicionais. Teremos também contação de histórias, visita guiada à exposição e pintura em tecido.

 Dia 16 de dezembro de 2023, das 10h às 12h – Oficina “AVAXI TAKUA: O milho sagrado Guarani”

Um mergulho no mundo do mito e da criação de animações. Mediada por Matheus Marins, do Laboratório de Animação, as crianças poderão criar suas próprias animações para contar histórias por meio de processos experimentais e materiais diversos. Nesse mesmo dia teremos uma roda de saberes e sabores sobre comida e afeto, mediada por Cláudia Lima.

 Dia 13 de janeiro de 2024, às 10h – Oficinas: “Um Rio Um Pássaro” e “Huni Kuï – Floresta, nossa farmácia”

Nesse dia serão oferecidas duas oficinas: uma para olhar para o céu e outra para olhar para a terra. Com a presença de Carlos Papá, as crianças ouvirão histórias sobre Ailton Krenak e sua viagem às terras Huni Kuï. Teremos oficinas de confecção de papagaio (pipa) e plantio de mudas, ações pensadas para construir diálogos entre vida, natureza e sonho.

Dia 24 de janeiro de 2024, às 15h – Oficina “Cerâmica Tukano e Baniwa – Licença para a Vovó Argila”

“Minha vovó, dona das argilas, viemos buscar argila para o meu trabalho”. Essas são as palavras ditas pelas mulheres Tukano ao irem colher a argila. Neste encontro teremos trocas de saberes e fazeres sobre a relação sagrada e artística com a argila. A oficina para crianças será um momento de criação de possibilidades de intimidade com a terra. Repensar a relação com os seres é uma das formas de reduzir os desperdícios presentes nos processos escolares e artísticos, além de ampliar as possibilidades de envolvimento com a vida.

SOBRE OS CONVIDADOS

AILTON KRENAK

Pensador, ambientalista e uma das principais vozes do saber indígena. Criou, juntamente com a Dantes Editora, o Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida. Vive na aldeia Krenak, nas margens do rio Doce, em Minas Gerais. É autor dos livros Ideias para adiar o fim do mundo (Companhia das Letras, 2019), O amanhã não está à venda (Companhia das Letras, 2020), A vida não é útil (Companhia das Letras, 2020), Futuro ancestral (Companhia das Letras, 2022) e Um rio um pássaro (Dantes Editora, 2023).

CRISTINE TAKUÁ

Educadora, mãe, parteira, pensadora Maxakali que habita há 20 anos, com seu companheiro,Carlos Papá Porã Mirim, e seus filhos, Kauê e Djeguaká. Formada em Filosofia pela UNESP, tem experiência em projetos relacionados a plantas de cura, como o Projeto Ka’agui Poty [Flores da Mata]. É diretora do Instituto Maracá e foi representante, por São Paulo, na Comissão Guarani Yvy Rupa (2016/2019).Criou publicações sobre o modo de ser Guarani e suas práticas de educação. Trabalha tecendo pensamento entre filosofia, artes, empoderamento e resistência. Dentre os inúmeros projetos e eventos dos quais participou, foi coordenadora da Oca da Sabedoria durante os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Tocantins, em 2015; curadora da Mostra Audiovisual Índio.doc, realizada no SESC Vila Mariana; membra fundadora do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas do Estado de São Paulo (Fapisp); convidada do Festival Tela Indígena, realizado em Porto Alegre; curadora do rec.tyty – Festival de artes indígenas; consultora pedagógica da Exposição Moquém-Surari, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), durante a 34a Bienal de São Paulo. Cris é, também, colaboradora do Selvagem. Desde 2022 coordena o projeto Escolas Vivas.

CARLOS PAPÁ

Carlos Papá Mirim Poty pertence ao povo Guarani Mbya. É morador da aldeia do Rio Silveira e guardião das palavras sagradas Guarani. Ao longo dos últimos anos, Papá vem soprando ao mundo mensagens sobre a importância da valorização e do respeito à Nhe’ërÿ, a Mata Atlântica. Através de Ayvu Porã, as boas e belas palavras, ele transmite a filosofia e a memória ancestral deixadas por seus avós. Trabalha há mais de 20 anos com audiovisual, cultivando a memória e a história de seu povo através de oficinas culturais com os jovens. Atua também como líder espiritual em sua comunidade, sendo conhecedor das plantas que curam e orientam o nosso caminhar. É representante da Comissão Guarani Yvy Rupa e também fundador e conselheiro do Instituto Maracá. São inúmeros os projetos e eventos dos quais participou e para os quais vem sendo convidado nos últimos anos, tais como: Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Tocantins, 2015; ciclo de debates Mekukradjá – Círculo de Saberes, no Itaú Cultural; diversas sessões, mostras e festivais de cinema, como o Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena, o Festival Tela Indígena, realizado em Porto Alegre, e o Festival de Culturas Indígenas no Memorial da América Latina, em São Paulo. Foi curador do rec.tyty – Festival de artes indígenas. Participou como artista da exposição Moquém-Surari, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), durante a 34a Bienal de São Paulo, e é colaborador do Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida.

SUELI MAXAKALI

Sueli Maxakali nasceu em 1976, no município de Santa Helena de Minas, e é uma liderança do povo Maxakali, povo indígena originário de uma região compreendida entre os atuais estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Forçados a se deslocar de suas terras ancestrais para resistir a diversas agressões que se acumulam há séculos e que chegaram a deixá-los em risco de extinção nos anos 1940, os Tikmũ’ũn mantêm vivas sua língua e sua cultura, estando hoje divididos em comunidades distribuídas pelo Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Além de liderança, educadora e fotógrafa, Sueli é também realizadora audiovisual.Com Isael Maxakali, ela tem produzido alguns dos filmes mais emblemáticos da produção da arte indígena contemporânea, no sentido de registrar e difundir rituais e tradições ancestrais, ao mesmo tempo transcendendo, com sua poesia, o engajamento na luta pelos direitos dos povos originários. Na 34a Bienal, a artista apresentou a instalação Kumxop koxuk yõg (Os espíritos das minhas filhas), um conjunto de objetos, máscaras e vestidos que remetem ao universo mítico das Yãmĩyhex, as mulheres-espírito.

ISAEL MAXAKALI

Isael Maxakali nasceu em 1978, na aldeia de Água Boa, em Minas Gerais, onde cresceu ouvindo e aprendendo os cantos e histórias dos espíritos Yãmĩyxop. Hoje vive na aldeia de Ladainha, em Minas Gerais. Em 1993, casou-se com Sueli Maxakali, sua companheira de vida e trabalho. Na virada do século, ele assumiu a kuxex, casa dos cantos, tornando-se uma jovem liderança do seu povo. Foi indicado como professor pelas lideranças locais, aproximou-se do universo não indígena e começou a participar de atividades ligadas à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Graduou-se no curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas, na UFMG. Movido pelo desejo de mostrar a cultura Maxakali, iniciou seu percurso pelo cinema. Hoje é um dos principais diretores indígenas em atuação no Brasil, desenvolvendo uma obra constituída por filmes-rituais, documentários e animações. O cinema de Isael é indissociável de sua trajetória como liderança política, professor, pesquisador, desenhista, tradutor, aprendiz de pajé e cantor, conhecedor de parte do vasto repertório mantido e recriado pelos Maxakali. Em 2020, recebeu o prêmio Carlos Reichenbach de Melhor Longa-Metragem da 23a Mostra de Cinema de Tiradentes com o filme Yãmĩyhex: as mulheres-espírito (2019), dirigido com Sueli Maxakali. Recebeu também o Prêmio PIPA online, uma das principais premiações de arte contemporânea do Brasil. Atualmente sonha com a aquisição da terra para onde se transferiu com mais de 100 famílias Maxakali, para a criação do seu projeto Aldeia Escola Floresta.

JOÃO PAULO LIMA BARRETO

João Paulo Lima Barreto nasceu na comunidade São Domingos, no Alto Rio Negro, estado do Amazonas, norte do Brasil. É um ativista indígena do povo Ye’pamahsã (Tukano), antropólogo e professor na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Foi o primeiro indígena a defender o doutorado em Antropologia pela Ufam. Trabalhou no Ensino Fundamental e Superior e também em organizações indígenas do Amazonas. Foi o idealizador e co-fundador do Centro de Medicina Indígena da Amazônia, uma clínica criada em 2017 especificamente para servir ao povo. João Paulo virá acompanhado de seu irmão ANACLETO LIMA BARRETO e de CARLA WISU, indígena Desana do alto Rio Negro, artesã e administradora do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi e organizadora da Farmácia Viva da Exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA.

DUA BUSË 

Pajé e professor, vive na aldeia Coração da Floresta, no Alto Rio Jordão, no Acre, na divisa com o Peru. Possui profundos saberes da cultura, histórias, medicina, música e espiritualidade Huni Kuï e, ao longo dos anos, tem transmitido seus conhecimentos para outros pajés e aprendizes.

TERESA NETË

Netë Teresa é uma mestra artesã de tecelagem e conhecedora de 26 kenês (grafismos sagrados) da tradição Huni Kuï , que remonta ao tempo dos Shenipabu (povo antigo). Junto com Dua Busë, abriu a escola de tecelagem chamada Una Shubu Xinã Kuï. Essa escola tradicional ensina 13 jovens artesãs da comunidade a aplicar os kenês que ela conhece, para que a sabedoria ancestral ritualística (ritos, cantos, costumes) e dos grafismos seja preservada. O desejo é que as jovens mães (e algumas já avós) possam ter uma oportunidade de sustento para suas famílias e autonomia através de seu trabalho.

ISAKÁ HUNI KUÏ

Morador da aldeia São Joaquim, é professor e trabalha com as plantas da floresta produzindo óleos essenciais.

FRANCY BANIWA

Francineia Bitencourt Fontes (Francy Baniwa) é mulher indígena, antropóloga, fotógrafa e pesquisadora do povo Baniwa, do clã Waliperedakeenai, nascida na comunidade de Assunção, no Baixo Rio Içana, na Terra Indígena Alto Rio Negro, município de São Gabriel da Cachoeira/AM. Engajada nas organizações e no movimento indígena do Rio Negro há uma década, atua, trabalha e pesquisa nas áreas de etnologia indígena, gênero, organizações indígenas, conhecimento tradicional, memória, narrativa, fotografia e audiovisual. É graduada em Licenciatura em Sociologia (2016) pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). É mestra (2019) e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS-MN/UFRJ). É diretora do documentário Kupixá asui peé itá — A roça e seus caminhos, de 2020. Atualmente coordena o projeto ecológico pioneiro de produção de absorventes de pano Amaronai Itá – Kunhaitá Kitiwara, financiado pelo Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN/FOIRN), pelo empoderamento e dignidade menstrual das mulheres do território indígena alto-rio-negrino. É autora do livro Umbigo do Mundo, Mitologia, Ritual e Memória Baniwa Waliperedakeenai – escrito a partir das narrações de seu pai, Francisco Fontes Baniwa, e ilustrado por seu irmão, Frank Fontes Baniwa – lançado pela Dantes Editora em 2023.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

MOISÉS PIYÃKO

Respeitado xamã do povo Ashaninka, é conhecedor das tradições espirituais de seu povo. Mora na aldeia Apiwtxa, localizada às margens do Rio Amônia, no Acre.

A exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA é gratuita, assim como todas as atividades e materiais do Selvagem. 

Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro, RJ

De terça a domingo, das 10h às 17h.

Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental: quartas-feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes.



Lançamento do Catálogo “Franz Weissmann: Ritmo e Movimento” e Mesa Redonda

Postado por CFB em 14/nov/2023 -

Neste sábado, 18/11, às 15h30, acontecerá o lançamento do Catálogo Franz Weissmann: Ritmo e Movimento com distribuição gratuita de 50 exemplares seguido de Mesa Redonda com a presença dos curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto e dos convidados Adriano de Aquino, artista plástico, e Fernando de Ortega, diretor do Instituto Franz Weissmann.

A exposição Franz Weissmann: Ritmo e Movimento chega a sua última semana na Casa França-Brasil. A mostra inédita desse renomado artista, que figura entre os principais nomes do movimento neoconcreto brasileiro oferece ao público carioca a oportunidade de contemplar um conjunto de obras que ilustram diversos aspectos da trajetória desse multifacetado artista, que atuou como escultor, desenhista, pintor, professor e como escultor fundamentou as bases de um pensamento escultórico brasileiro. 

No sábado, dia 18/11, às 15h30, a exposição lança o apurado catálogo seguido de bate papo com os curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, o diretor do Instituto Franz Weissmann, Fernando Ortega, e o artista plástico Adriano Aquino.

A proposta da exposição é apresentar este importante nome da escultura brasileira para as novas gerações e também oferecer uma importante oportunidade de mergulhar em seu universo criativo e explorar a riqueza de sua expressão artística.

Franz Weissmann nasceu na Áustria em 1911 e chegou ao Brasil em 1921. Com ativa relação com o cenário cultural brasileiro, se tornou um dos mais importantes nomes dos movimentos artísticos que, nos anos 1950, transformaram o nosso ambiente artístico. Integrante do Grupo Frente (1955) e do movimento neoconcreto, suas obras sintetizam a proposta de associar o método construtivo à experiência lírica da criação artística, princípios teóricos do projeto neoconcreto carioca que alcançaram repercussão internacional pela profundidade de suas rupturas e por uma proposta de reconexão entre arte e vida. 

“Franz Weissmann: Ritmo e Movimento” é a terceira de três exposições da série “Paisagens Fluminenses” apresentadas ao longo de 2023 na Casa França-Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Contemplada na chamada do Programa Petrobras Cultural Múltiplas Expressões, conta com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, e o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, com o intuito de revitalizar a Casa França-Brasil, tomando como ponto de partida sua importância histórica, cultural e de valorização da produção artística brasileira. 

A primeira da série, Navegar é Preciso: Paisagens Fluminenses, ficou ambientada na Instituição até o dia 9 de julho com grande sucesso de público, a segunda foi O Real Transfigurado | Diálogos Com A Arte Povera | Coleção Sattamini/Mac-Niterói, encerrada no dia 17 de setembro, recebendo mais de 20 mil espectadores em menos de dois meses de exibição. 

Franz Weissmann: Ritmo e Movimento já ultrapassou a marca de 14 mil visitantes antes do seu término, que será no dia 19 de novembro. 

SOBRE OS CURADORES

Rafael Fortes Peixoto atuou como curador em diversas exposições na Danielian Galeria (RJ), como “Anna Bella Geiger – Entre os vetores do Mundo”, “Manuel Messias – Do Tamanho do Brasil”, “Modernidades Emancipadas” e “Mulherio”, e em outras instituições como a Casa de Cultura Laura Alvim (RJ) e Museu Nacional da República (DF). Ao lado de Marcus Lontra, foi curador da exposição “Raul Mourão – Lugar Geométrico”; “Navegar É Preciso: Paisagens Fluminens” e “O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói”, todas realizadas na Casa França-Brasil em 2023.

Marcus de Lontra Costa é crítico de arte e curador independente. Atuou como diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, editor da revista Módulo, crítico de arte dos periódicos O Globo, Tribuna da Imprensa e Isto É e assessor do Ministério da Cultura. Dirigiu os Museus de Arte Moderna de Brasília, do Rio de Janeiro e de Recife e foi secretário de Cultura da cidade de Nova Iguaçu (RJ). Em 2004, foi responsável pela curadoria da exposição coletiva “Onde está você, Geração 80?” no CCBB-RJ, em resposta à importante mostra realizada no Parque Lage em 1984. Atua também como parte do júri de seleção do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça. Ao lado de Rafael Peixoto, foi curador da exposição “Raul Mourão – Lugar Geométrico”; “Navegar É Preciso: Paisagens Fluminens” e “O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói”, todas realizadas na Casa França-Brasil em 2023.

SOBRE OS CONVIDADOS

Adriano de Aquino é pintor e videomaker. Inicia-se como autodidata em pintura, em 1961. Frequentou o ateliê de gravura da Escola Nacional de Belas Artes – ENBA, como aluno livre. Recebeu bolsa de estudo do governo francês, por sua participação na mostra 12 Desenhistas do Rio, e viajou para Paris, onde permaneceu de 1973 a 1976. Retornando ao Brasil, participa da exposição Geometria Sensível, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ. Posteriormente, ocupa os cargos de coordenador de artes visuais da Fundação de Arte do Estado do Rio de Janeiro – FUNARJ, entre 1982 e 1986; de superintendente dos museus da Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, entre 1990 e 1994; e de secretário de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2001. 

Fernando Ortega é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Mackenzie (SP). Fez doutorado de Planejamento Urbano na Escola Técnica Superior de Arquitetura (ETSAM), em Madrid. Desde 1999 é responsável técnico pela catalogação, execução e restaurações das obras do artista Franz Weissmann. Fernando Ortega tornou-se diretor vice-presidente da empresa “Weissmann e Weissmann Ltda”, criada por Franz Weissmann e sua filha Waltraud. Desde então é consultor e assessor de exposições de obras e publicações sobre o artista Franz Weissmann

18 de Novembro de 2023 às 15h30

Entrada Gratuita


Doce En Diciembre – Edição Brasil

Postado por CFB em 21/set/2023 -

Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro
30 de setembro de 2023, das 11h às 19h
Apoio: Pró Helvetia , Cidade da Basileia, Associação
"Straw to Gold", Cultura Argentina e Espaço Escada 
Entrada gratuita

A Casa França-Brasil apresenta no dia 30 de setembro de 2023, das 11h às 19h, o evento-performance Doce em Diciembre – Edição Brasil, com o grupo formado por artistas mulheres sul-americanas e suíças, centrado em práticas colaborativas e feministas, e na arte da performance, que abrangem música, vídeo, dança além de trabalhos com imagens e textos.  As ações artísticas também buscam repensar realidades sociopolíticas contemporâneas e rituais cotidianos.

As artistas que estarão no Rio de Janeiro são: Andrea Saemann (1962, Basel), Barbara Naegelin (1967, Basel), Chris Regn (1964, Basel), Cinthia Mendonça (1980, Minas, vive na Serra da Mantiqueira), Dorothea Rust (1955, Zurique,), Gisela Hochuli (1969, Berna), Jazmín Saidman (1987, Buenos Aires), Luján Funes (1944, Buenos Aires), Maja Lascano (1971, Buenos Aires), Nicole Boillat (1974, Basel) e Paola Junqueira (1963, Ribeirão Preto).

O grupo conta com a participação de duas artistas brasileiras: a paulista Paola Junqueira, nascida em Ribeirão Preto, que estudou e lecionou em Genebra, e retornou ao Brasil depois de viver mais de 20 anos na Europa, e a mineira Cinthia Mendonça, que vive na Serra da Mantiqueira onde dirige a Silo – Arte e Latitude Rural, uma organização da sociedade civil fundada em 2017, que engaja jovens mulheres na promoção do diálogo entre o campo e a cidade, por meio da arte, ciência e tecnologia.  Paola Junqueira faz parte do Doce em Diciembre desde o seu início, em 2018, e Cinthia Mendonça se junta ao grupo nesta terceira edição.

O espetáculo na Casa França-Brasil será realizado após dez dias de imersão das artistas em uma residência na Villa Laurinda, em Santa Teresa, na cidade, para troca de experiências e práticas artísticas. Somadas às suas vivências pessoais e origens culturais, elas pretendem incorporar em seus trabalhos a realidade brasileira, especialmente a atmosfera do Rio de Janeiro, onde querem se deixar permear pela cidade e pelo mar, a cultura carioca, suas cores e música, para criar novas abordagens de participação e colaboração. O objetivo é cruzar fronteiras, gerar novas conexões e realizar uma experiência única que envolva também o público da Casa França-Brasil.

Em 2018, após duas semanas de residência coletiva na URRA – Tigre, uma organização sem fins lucrativos na Argentina, onde as artistas refletiram sobre gênero, identidade, arte e território, o grupo apresentou o resultado em um evento na Fundação PROA, em Buenos Aires, com grande repercussão junto ao público e à crítica. A partir dali, ficou claro para as artistas que queriam continuar esta troca colaborativa. Seguiu-se um encontro aberto online, durante o confinamento devido à pandemia de Covid-19, e, em outubro de 2021,em Basel, Suíça, na instituição Kasko, as artistas fizeram dois eventos performáticos, que proporcionaram a continuidade e o aprofundamento do diálogo artístico, perceber as diferenças e palavras-chave para debates polêmicos sobre arte e ativismo.

Cronograma Doce En Diciembre

SOBRE AS ARTISTAS

Suíça

  • Andrea Saemann (1962) – Basel

https://de.m.wikipedia.org/wiki/Andrea_Saemann

Artista performática, curadora de arte e networker, Andrea Saemann adora trabalhar com movimentos e plataformas iniciadas pelos próprios artistas. De 1997 a 2000, ela organizou o espaço artístico chamado “Kaskadenkondensator”, em Basel. De 2002 a 2012, desenvolveu uma ferramenta para ativar a história da performance art com o projeto “Performance Saga – entrevistas, performances, eventos”, relativo às mulheres pioneiras dos primeiros anos desta forma de arte. De 2011 a 2017 coordenou o Swiss Performance ArtAward. Em 2014, ela cofundou a associação PANCH, uma rede profissional para artistas performáticos. Desde 2014 é curadora do “International Performance ArtGiswil”, um festival anual de arte performática no meio das montanhas suíças, e cuida da plataforma ApresPerf.ch, que fomenta e coleta textos sobre obras de arte performática.

  • Barbara Naegelin (1967) – Basel

http://braingarden.ch

Nasceu na Venezuela e cresceu na Suíça, onde é radicada em Basel. Depois de estudar na Academia de Arte de Lucerna em 1995, ela mostrou seu trabalho em várias exposições, projetos de exposições, eventos de arte, exibições e arte no espaço público, na Suíça e outros países. Desde 1999, desenvolveu várias apresentações solo. Em 1998, foi coautora do “Primeiro Manifesto de Mulheres Artistas Altamente Respeitadas. De 2002 a 2009, se apresentou com o grupo de performance musical “Les Reines Prochaines”. Não é uma colecionadora de lugares relevantes para o currículo, mas experiências vitais na arte, sozinha e em colaboração. Em 2010, participou da primeira residência da URRA em Buenos Aires. Juntamente com alguns dos artistas participantes, incluindo Lucio Dorr, fundou a “banda de performance instantânea” (banda URRA). Em 2015, obteve um mestrado em Transdisciplinaridade na Universidade de Artes de Zurique,. Com Doce em Diciembre, está explorando as possibilidades de criar música coletivamente.

  • Chris Regn (1964) – Basel/Hamburgo

https://de.wikipedia.org/wiki/Chris_Regn

Nascida em Nuremburg. Chris Regn vive e trabalha em Hamburgo e Basileia em diferentes papéis: como artista conceitual e intérprete, como arquivista, professor, organizador e curador. Ela desenvolve conceitos e realiza exposições, produções, ações e entrevistas. Como artista conceitual, trabalha com pesquisas, programas e vídeos, com o potencial de entrega e formas de representação. Ela se baseia em seu trabalho em um grande arquivo “bildwechsel”, uma associação guarda-chuva da Women Media Culture em Hamburgo, como curadora do “Kaskadenkondensator” – Space for Contemporary Artand Performance,  em Basel, e com vários grupos de performance e artistas. Com o grupo de performance “Evi, Nic e C”, cocriou “The Vegan Opera” e outros programas de palco em um processo coletivo. Chris Regn trabalha com atmosferas e processos, e procura instalar todo o movimento de uma situação como um modelo. O movimento que emerge de compartilhar, perceber, falar e colaborar é o motivo e o motor de seu trabalho. Como curadora, ela também está interessada na comunicação entre diferentes declarações e mídias.

  • Dorothea Rust (1955) – Zurique

http://www.dorothearust.ch

Nascida em Zug, Dorothea Rust mora em Zurique como artista visual e teórica cultural do Master Kultur/GenderStudies, da Hochschule der Künste em Zurique ZHdK. A formação como dançarina profissional se deu nos anos em Nova York, de 1983 a 1990, nos quais a dança colaborou com coreógrafos, músicos e musicistas de Nova York. Elas criaram a base para seu pensamento interdisciplinar. Depois de estudar Belas Artes e Estudos Culturais/Gênero na ZHdK, sua prática de dança mudou para a prática de performance e arte com trabalhos de performance ao vivo e intervenções com participação em exposições, festivais de performance, palcos de música e arte na Suíça e no exterior, muitas vezes em colaborações translocais. A transferência de material em torno e a partir de seus trabalhos de performance para outras formas expandidas e aprofundadas de expressão de mídia, como instalação, vídeo e trabalhos de texto, é um caminho importante. Ela é co-iniciadora de plataformas, redes e simpósios de performance, música e discurso, além de autora, teórica cultural, membro de comissões de programas e treinadora em trabalhos de performance, dança e métodos de movimento somático no país e no exterior. Seu compromisso com a dança foi homenageado com o ‘Werkjahren’ (preço da arte) e com a arte da performance com prêmios suíços de performance.

  • Gisela Hochuli (1969) – Berna

Gisela Hochuli mora e trabalha em Berna – Ruppoldsried, e tem um estúdio no Centro de Produção Cultural (progr.ch). Ela estudou economia e sociologia na Universidade de Berna, e arte Instituto de Belas Artes da Universidade das Artes de Zurique. Desde 2002, mostra seu trabalho em festivais nacionais e internacionais de arte performática na Ásia, América do Sul e do Norte, Norte da África e Europa. Ela também colabora com outros artistas internacionais. Em 2014, ganhou o Swiss Performance Art Award Switzerland, e é cofundadora da Swiss Performance Art Network PANCH. Gisela Hochuli gosta de trabalhar com o que está à mão – o óbvio. Isso pode incluir seu próprio corpo, voz, espaço, audiência, bem como materiais e contextos específicos do local. Em Schöftland, por exemplo, trabalhou com sua biografia; na China com a cor vermelha; em Linz com grades; em Helsinque com um bloco de neve congelada.

  • Nicole Boillat (1974) – Basel

Nicole Boillat, nascida em 1974 em Biel/Bienne, vive e trabalha em Basel, e tem interesse em gravar e publicar ideias. Desde 2004, ela dirige o Edit, um estúdio de design gráfico localizado em Basel. A Edit projeta material impresso e mídia interativa para instituições, festivais e clientes autônomos, principalmente no campo da cultura. Em 2020, Nicole Boillat fundou a editora “Existenzund Produkt” junto com Lena Eriksson, Iris Ganz e Chris Regn. Durante sete anos, ela foi curadora do “outdoor”, um espaço semipúblico localizado na cooperativa de artistas Amerbach Studios e, desde 2005, é coeditora do copy-zine KAP. Ela faz parte do grupo “Evi, Nic & C” (Hamburgo, Berlim e Basel), no qual os artistas usam as dificuldades da vida cotidiana como material para gerar trabalhos em vídeo, desenhos e textos. Ela escreve artigos para a Wikipedia e co-organiza edições. Em 2021-22, Nicole Boillat passou seis meses em Buenos Aires, onde desenvolveu a publicação “Encontrar palabras” com a escritora Sofía Biondi. Em outubro de 2023, ela publicará o número 39 do copy-zine KAP em Bogotá com participantes locais.

Argentina

  • Jazmin Saidman (1987) – Buenos Aires

https://cargocollective.com/jazminsaidman

Artista e professora de arte no ensino fundamental e médio, bem como em um centro geriátrico, seu trabalho envolve performance, desenho, pintura e vídeo. Jazmin Saidman concluiu em 2015 o curso de Licenciatura em Artes em Pintura na Universidade Nacional de Artes (UNA). Ela exibiu seu trabalho em várias instituições, como o Museu de Arte Contemporânea de Rosário (MACRO), o Fundo Nacional de Artes, a Universidade Torcuato Di Tella, o Centro Cultural de Memória Haroldo Conti, o Sarmiento Theatre, entre outros. Foi selecionada para participar de diferentes programas de artista em residência em Córdoba, Argentina; São Paulo, Brasil; e Tigre, Buenos Aires. Seu trabalho como professora é uma parte central de sua visão sobre arte. Em suas apresentações, ela mostra seu interesse em educação, já que usa sua prática como um meio de analisar, expandir e questionar os sistemas educacionais em que as pessoas estão inseridas. Seu trabalho engloba o absurdo, o ridículo, o desconfortável e o ingênuo.

  • Luján Funes (1944) – Buenos Aires

http://www.lujanfunes.blogspot.com

Nascida em Tandil, a artista vive e trabalha em Buenos Aires. Graduada em bioquímica, começou sua carreira artística em 1986. Enio Iommi, Anibal Carreño, Alicia Romero e Rodolfo Agüero foram decisivos em sua educação artística; mais tarde Andrea Juan, Rodrigo Alonso, Juan Carlos Romero e Valeria Gonzalez. Ela recebeu aulas de filosofia de José Pablo Feinmann, Ricardo Forster e R. Alvarez. Foi selecionada para a bolsa Intercampos II da Fundación Telefónica, e participou do Laboratório LIPAC de Pesquisa em Práticas Artísticas Contemporâneas do Centro Cultural Ricardo Rojas, em 2010. Desde 1989, mostra obras de instalação e performances em Buenos Aires e em outras cidades sul-americanas.

  • Maja Lascano (1971) – Buenos Aires

http://www.majalascano.com.ar

Nascida em Córdoba, a artista vive e trabalha em Buenos Aires. Em suas esculturas macias, trabalha recriando texturas da pele, para envolver-se neles e se comunicar com os outros. Em seus projetos site-specific se destacam: “Pagana”, para programas em espaços públicos Die Raum, em Basel (2021); “Outra Piel” para Narrativas Cruzadas em Moda, Museo Sívori (2019), “Maniqui”, para o Circuito Cultural Calle Florida (2015), “Fauno, donde estás?”, no Parque del Sol, San Pablo (2013); e “Loving Object”, para Intrude: Art & Life, MOMA Xangai (2008). De suas exposições individuais se destacam: “Joyas del Delta, tecnología espiritual”, para o Centro Cultural San Martín (2022), “Oropel”, para Fundación OSDE (2017); e “Latente”, para o Centro Cultural Recoleta (2014). Tem ganhado bolsas de aperfeiçoamento (2005) e criação (2019) do Fondo Nacional de las Artes, bolsa Activar Patrimonio para el Museo del Traje (2021), e participado da residência artística Reconfigurando el espacio público, na  Schoolf Visual Arts, em Nova York (2013).

Brasil

  • Paola Junqueira (1963) – Ribeirão Preto

http://www.paolajunqueira.ch

Nascida em Ribeirão Preto. Depois de estudar Psicologia em São Paulo e Literatura na Universidade de Genebra, Suíça, Paola Junqueira continuou seus estudos com bacharelado em Arte Visual na HEAD, em Genebra, e mestrado na Central Saint Martins – Universidade das Artes, em Londres. De 2003 a 2005, lecionou na HEAD, em Genebra. Depois de viver por cerca de 20 anos na Europa, para o Brasil em 2006. Em 2008 deu aulas no SENAC, em São Paulo. Sobre seu trabalho “24 horas por buraco” (1998-2008), ela escreveu: “A ação consiste em criar um ponto fixo, um certo lugar no globo que é materializado em um buraco. O trabalho expressa o desejo de alcançar os limites do absurdo. Como migrante, meu caminho artístico sugere a ideia de que o ser humano sente a necessidade de construir um espaço para si mesmo. Há também um aspecto do passado: cavar é ao mesmo tempo descobrir as camadas sobrepostas nas quais a terra nos conta sua história. Estes são os eventos imprevistos, os pequenos acidentes, as coincidências e as improvisações que me fascinam cada vez mais no meu trabalho”.

  • Cinthia Mendonça(1980) – Serra da Mantiqueira

https://silo.org.br/

Nascida em Minas, artista, pesquisadora e gestora. Vive no campo, na Serra da Mantiqueira. Atuou como bailarina, possui bacharelado em Direção Teatral pela UFRJ, é mestra em Artes Visuais pela EBA/UFRJ e doutora em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ. Está interessada no imaginário rural e científico da atualidade e na relação entre populações de pessoas e coisas. Tem se dedicado a pensar e atuar a partir de temas relacionados à vida no campo: territórios e modos de existência. Trabalha com performance e performatividades. É diretora fundadora da Silo – Arte e Latitude Rural, uma organização da sociedade civil fundada em 2017 que também é uma expressão artística. A Silo engaja jovens mulheres para promover o diálogo entre o campo e a cidade, por meio da arte, ciência e tecnologia.  A Silo tem uma linha de programas, desenvolvidos com metodologias próprias, que visam a estimular o cruzamento entre saberes populares e científicos.

SERVIÇO: Evento-performance “Doce enDiciembre – Edição Brasil”

30 de setembro de 2023, das 11h às 19h

Entrada gratuita

Casa França-Brasil

Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro.

De terça a domingo, das 10h às 17h.

Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental: quartas feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes.

Telefone: (21) 2216-8506 / 0800 0213527

E-mail Administrativo: contatos@casafrancabrasil.rj.gov.br

E-mail Educativo: educativo@casafrancabrasil.rj.gov.br

Instagram: @casafrancabrasiloficial

Facebook: Casa França Brasil

MESA REDONDA E LANÇAMENTO DE CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO “O REAL TRANSFIGURADO”

Postado por CFB em 14/set/2023 -

O encerramento acontecerá neste domingo, 17/09, com o lançamento e distribuição gratuita do Catálogo às 12h e a Mesa Redonda “Diálogos com a Arte Povera” com presença dos curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto e a curadora convidada, Viviane Matesco, às 14h.

Sobre os curadores da exposição

RAFAEL FORTES PEIXOTO

Curador na exposição “O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói”. Atuou como curador em diversas exposições na Danielian Galeria (RJ), como “Anna Bella Geiger – Entre os vetores do Mundo”, “Manuel Messias – Do Tamanho do Brasil”, “Modernidades Emancipadas” e “Mulherio”, e em outras instituições como a Casa de Cultura Laura Alvim (RJ) e Museu Nacional da República (DF). Ao lado de Marcus Lontra, foi curador da exposição “Raul Mourão – Lugar Geométrico” realizada na Casa França-Brasil entre março e abril de 2023.

MARCUS DE LONTRA COSTA

Curador na exposição “O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói”, é crítico de arte e curador independente. Atuou como diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, editor da revista Módulo, crítico de arte dos periódicos O Globo, Tribuna da Imprensa e Isto É e assessor do Ministério da Cultura. Dirigiu os Museus de Arte Moderna de Brasília, do Rio de Janeiro e de Recife e foi secretário de Cultura da cidade de Nova Iguaçu (RJ). Em 2004, foi responsável pela curadoria da exposição coletiva “Onde está você, Geração 80?” no CCBB-RJ, em resposta à importante mostra realizada no Parque Lage em 1984. Atua também como parte do júri de seleção do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça. Ao lado de Rafael Peixoto, foi curador da exposição “Raul Mourão – Lugar Geométrico” realizada na Casa França-Brasil entre março e abril de 2023.

Viviane Furtado Matesco

Doutora em Artes Visuais (UFRJ) é crítica, curadora e professora associada de história da arte na Universidade Federal Fluminense. Trabalhou como curadora assistente na Funarte, no Museu de Arte Moderna/RJ e no Projeto Rumos Visuais do Itaú. Sua área de pesquisa gira em torno da questão Corpo e Arte e realizou as curadorias no “Centro HO (2002)” e “Corpo na Arte Brasileira” (co-curadoria com Cocchiarale Itaú Cultural/2005). Publicou os livros Suzana Queiroga (Artviva, 2005), Uma Coleção em Estudo/Coleção Banerj (Museu do Ingá, 2010) e Corpo, Imagem e Representação (Zahar, 2009), Em Torno do Corpo (PPGCA/UFF, 2016) e Experimentação e método (Museu do Ingá/Philae, 2018).

Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Crítica da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, corpo e arte brasileira contemporânea, arte brasileira, corpo e arte contemporânea e corpo e arte.

Conversa com Professores na exposição Navegar É Preciso

Postado por CFB em 28/jun/2023 -

Atividade de formação para professores do estado e dos municípios do Rio de Janeiro, com objetivo de debater o conceito de paisagem na arte, seu possível desdobramento em atividades pedagógicas e sua presença na mostra Navegar É Preciso.

Sobre Tania Queiroz

Pesquisadora e Doutora em Arte e Cultura Contemporâneas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula (1979), especialização em Sociologia Urbana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1985) e Licenciatura em Artes e Sociologia pela Universidade Candido Mendes (2007). Foi professora substituta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro de 2005 a 2007. Coordenadora de Ensino, de 2007 a 2016, e professora, de 1992 a 2016, da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Foi Coordenadora da Casa França Brasil – RJ de maio de 2016 a maio de 2017 e professora de Artes e Sociologia na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro de abril de 2010 a abril de 2020. Atualmente é diretora da Casa França Brasil-RJ e coordena a Escola sem Sítio, uma escola de ideias.

Entre 13/06 e 06/07/2023

Terças-feiras, das 14h às 17h

Quintas-feiras, das 09h às 12h

Aberta à professores das redes municipais, estaduais e particulares com inscrição prévia

20 vagas por dia disponíveis por ordem de inscrição pelo link: https://forms.gle/1CYTKMEF35Rux91u6

Gratuito | Presencial com emissão de certificado

Casa França-Brasil

Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro, RJ