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Enxame, de Félix Blume

Postado por CFB em 02/dez/2024 -

SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA DO RIO DE JANEIRO, CASA FRANÇA-BRASIL E FESTIVAL NOVAS FREQUÊNCIAS APRESENTAM:

Enxame, de Félix Blume

A instalação sonora Enxame, do artista sonoro francês Félix Blume,é composta por 250 altos-falantes, em que cada um reproduz o som de uma abelha diferente. Suspensos no espaço expositivo, os aparatos lembram um enxame e possibilitam que o espectador tenha diferentes experiências de escuta: tanto bem próximo de cada abelha, quanto uma escuta geral, do grupo. O visitante é convidado a se aproximar desses pequenos seres e a se integrar à colônia. Ouvimos seus cantos, gritos ou conversas em um coro aéreo, como se essas vozes nos trouxessem testemunhos singulares de operárias que tendem a passar despercebidas. No centro da instalação o visitante pode aproximar-se de cada dispositivo, descobrir as vibrações emitidas por cada uma das abelhas e tomar consciência da complexidade do enxame.

Enxame faz parte da 14ª edição do Festival Novas Frequências e tem apoio do Instituto Francês Paris, da Embaixada da França no Brasil e da empresa Ciclo3.

Félix Blume (França, 1984) é um artista sonoro e engenheiro de som atualmente entre o México, o Brasil e a França que utiliza o som como matéria prima em peças sonoras, ações, vídeos e instalações. O seu processo é frequentemente colaborativo, trabalhando com comunidades e usando o espaço público como contexto no qual explora e apresenta seus trabalhos. Sua prática envolve uma compreensão ampliada da escuta, como forma de estimular a consciência do imperceptível e como ato de encontro com o outro. Seu trabalho envolve os sons de diferentes seres e espécies, desde o zumbido de uma abelha, os passos de uma tartaruga ou o canto dos grilos, além de diálogos humanos em ambientes naturais e urbanos. Está interessado na interpretação contemporânea dos mitos, no que as vozes podem dizer além das palavras.

Novas Frequências é um festival internacional criado em 2011 que promove a música experimental, a música de vanguarda e a arte sonora, buscando ressignificar a relação da arte com a cidade do Rio de Janeiro e o ecossistema cultural local. Ao longo dos anos, o festival tem ocupado casas de show de diversos tamanhos e propostas, salas de concerto, instituições de arte, espaços públicos e lugares inusitados — como igrejas, galpões, escolas, praias e cachoeiras. O Novas Frequências propõe então uma relação 360º com a música, desenvolvendo experiências distintas daquilo que se imagina em um festival tradicional em torno de performances, instalações, festas, projetos comissionados, site specifics, palestras, oficinas, cursos, residências artísticas e caminhadas sonoras.

Em sua 14ª edição consecutiva, o “NF” ocupa, de 7 a 15 de dezembro, a Casa França-Brasil, o Centro de Referência da Música Carioca Artur da Távola, o Solar dos Abacaxis, a Quadra do Fala Meu Louro, o Leão Etíope do Méier (Praça Agripino Grieco), a Galeria Refresco, e os galpões Dama e Ladeira das Artes. São 25 atrações de estilos sonoros e trajetórias variadas, reunindo, dentre outros, música improvisada, poesia falada, noise, funk carioca, arte sonora, electro-punk, techno, música contemporânea, ambient e samba experimental.

O Festival Novas Frequências é um projeto contemplado pelo edital Pró-Carioca, programa de fomento à cultura carioca, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura

Curadoria

Instalada no Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), Forty Part Motet, de Janet Cardiff, é uma das instalações de arte sonora mais conhecidas e celebradas no Brasil. A obra consiste em uma série de caixas de som dispostas em semicírculo que reproduzem uma peça renascentista composta no século XVI. No centro do espaço expositivo, ouvimos o coral da Catedral de Salisbury (UK) em uma gravação realizada pela artista em 2001. Cada caixa de som representa a voz de um membro específico do coral, permitindo que, ao se aproximar dos falantes, o visitante distinga cada voz individual do conjunto, criando uma experiência imersiva e singular.

Enxame, do artista sonoro francês Félix Blume, recria uma lógica semelhante à de Forty Part Motet. Mas com abelhas. Aqui, 250 pequenos alto-falantes suspensos como se flutuassem no ar evocam a imagem de um enxame vivo, proporcionando ao público uma experiência auditiva multifacetada: é possível ouvir de perto o som de cada abelha isolada ou se deixar envolver pela sonoridade coletiva da colônia.

Através de tecnologia de ponta e microfones altamente potentes, nos tornamos como super-heróis dotados de audição aguçada, capazes de descobrir as nuances de cada vibração e perceber a complexa harmonia que sustenta o todo. Cada som revela uma unicidade, mas também a inteligência comunitária e a profundidade do enxame.

Enxame, no entanto, vai além de um simples artifício tecnológico. Em um momento de aquecimento global e crise ecológica sem precedentes, quando a continuidade da vida humana e de inúmeras espécies está gravemente ameaçada, a instalação nos convida a uma reflexão profunda sobre como podemos, enquanto sociedade, construir modelos de colaboração e interdependência mais orgânicos. Afinal, como em um enxame de abelhas, onde cada indivíduo desempenha uma função essencial para a sobrevivência da colônia, a união de todos resulta em algo muito maior do que a simples soma das partes.

Chico Dub
diretor e curador do Festival Novas Frequências

SERVIÇOS: ENXAME

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro
Abertura: 07 de dezembro, às 10h
Período Expositivo: 07 a 15 de dezembro 2024
Funcionamento: terça-feira a domingo, das 10h às 17h
Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental:
 Quartas-feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes
Classificação indicativa livre
Entrada gratuita

Tijuana>Rio/24

Postado por CFB em 18/nov/2024 -

Nos dias 7 e 8 de dezembro de 2024, das 10h às 17h, será realizada a 26ª edição da Feira Tijuana de Arte Impressa no Rio de Janeiro.

A Feira Tijuana é a primeira feira de publicações e livros de artista organizada no Brasil. Idealizada pela Galeria Vermelho (São Paulo), foi inaugurada em 2009 por meio de uma parceria com a Centre National de L’Édition et de L’Art Imprimé (França).

A Tijuana é uma manifestação cultural dedicada à apresentação, distribuição e comercialização de publicações, livros de artista, gravuras e pôsteres.

Ao longo da última década, a feira se especializou em conectar editoras da América Latina. De 2016 a 2019, tornou-se itinerante e passou a realizar edições anuais em São Paulo, Rio de Janeiro, Lima e Buenos Aires.

Atualmente, a Feira Tijuana é realizada de forma independente e mantém uma rede de editoras que abrange Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Uruguai e Venezuela.

No mesmo fim de semana da Tijuana>Rio/2024, a Feira Junta Local reunirá os melhores produtores locais de alimentos em frente à Casa França-Brasil, oferecendo uma variedade de opções de alimentação e bebidas.

Programação

SÁBADO | 07.12

10h às 17h – Performances “Ler” e “Stand”, por Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.

10h – Abertura da Feira, com o Sarau Reascender Pavios
Organizado pela artista e poeta carioca Carol Luisa, o Sarau Reascender Pavios marca o início da Tijuana>Rio/24. O evento reúne poetas, artistas e público para uma leitura coletiva de poesias.

14h – Conversa: Estratégias de Cuidado e a Memória das Edições Independentes
Com Fernanda Grigolin (Tenda de livros) e Amir Brito (Andante). Medição Juliana Travassos (Edições Garupa). A conversa propõe uma reexão sobre o cuidado necessário para preservar a memória das edições independentes, abordando a atividade e as estratégias de trabalho dos editores e pesquisadores Amir Brito (Andante / UFMG) e Fernanda Grigolin (Tenda de Livros / Jornal de Borda / ateliê Folleta).

DOMINGO | 08.12

10h às 17h – Performances “Ler” e “Stand”, por Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.

14h – Conversa: Por que Publicar?
Com Cidinha da Silva (Kuanza Edições) e Regina Melim [par(ent)esis].
Mediadora: Juliana Travassos (Edições Garupa).
A mesa de conversa Por que publicar? reúne duas importantes editoras e escritoras, Cidinha da Silva (Kuanza) e Regina Melim [par(ent)esis], para discutir os desaos e as motivações por trás do ato de publicar, especialmente no contexto das editoras e autoras independentes

16h – Encerramento da Feira | Intervenção Poética: Rede de Slams do Rio de Janeiro
A feira será encerrada com uma intervenção poética da Rede de Slams do Rio de Janeiro, trazendo a energia das batalhas de slam com a participação de poetas e artistas locais.

Participantes da Tijuana>Rio/24:

Para a atual edição, a Tijuana recebeu mais de 300 inscrições através de uma chamada aberta, e selecionou 118 participantes para ocuparem 70 mesas. Entre as selecionadas, participam editoras de diversos estados Brasileiros, além de 9 editoras internacionais:

{Lp} press (Rio de Janeiro)
A & E Estúdio (Rio de Janeiro)
A Bolha Editora (Brasília/Rio de Janeiro)
A poesia das coisas (Rio de Janeiro)
ABASTO (Santiago)
Adaga Verde (Nova Friburgo)
Ale Kalko (São Paulo)
Alecrim Edições (Belo Horizonte)
Alice Garambone + Clara Mayall (Rio de Janeiro)
Allan Matias (Rio de Janeiro)
Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. (Rio de Janeiro)
Andante (Belo Horizonte)
aoutra (Rio de Janeiro)
Arthur Moura Campos (Belo Horizonte)
Ateliê Cidade Baixa (Rio de Janeiro)
Ateliê FLECHA (Rio de Janeiro)
Banca Tatuí (São Paulo)
BASA (São Paulo)
Bebel Books (São Paulo)

Bicha Papão (Curitiba)
Cabuloza WildLife (Rio de Janeiro)
Caminhos de chão (Rio de Janeiro)
capineira + e/y traduções (São Paulo)
Casa AUTONOMA Formiga Preta (São Paulo)
Casa27 (Rio de Janeiro)
Casatrês editora (Florianópolis)
céu da boca (Florianópolis)
Chorona Editora (Rio de Janeiro)
Cidinha da Silva (São Paulo)
Ciriguela (Rio de Janeiro)
Clara Barros (Rio de Janeiro)
Claudia Zimmer (Blumenau)
Coito Publicaciones (Buenos Aires)
Coletivo Relva (Campinas)
Coletivo Trave (Rio de Janeiro)
Coral Viajante (Goiana)
CorpoDissidenteColetivo (São Paulo)
Correio-Monstro (Rio de Janeiro)
Cosmopolíticas Editorias (Belo Horizonte)
Cuantasconstanzas (Santiago)
Cultura e Barbárie (Florianópolis)

Ediciones Los Laberintos (Ciudad de México)
editora editora (Joaçaba)
Editora Sem Título + FIRMA(Petrópolis)
ESCORIA EDICIONES (Córdoba)
Estúdio Baren (Rio de Janeiro)
Estudio Ceda el paso (São Paulo)
Estúdio Trinca (Curitiba)
Evolutiva Estudio (Rio de Janeiro)
Excedente Gráfico (São Paulo)
Experiências Gráficas (Rio de Janeiro)
Experimentos Impressos(Canoas)
Fada inflada (Rio de Janeiro)
faísca.lab (Belo Horizonte)
FATOS INSTÁVEIS (São Paulo / Ribeirão Preto / Uberlândia / Brasília)
Feira de Fotografia Popular do Museu MIIM (Rio de Janeiro)
Firma Gráfica (São Paulo)
Fogo Baixo (Curitiba)
gabriela perigo (Rio de Janeiro)
Giovanna Cianelli (Rio de Janeiro)
GLAC Edições (Londrina)
Grafatório Edições (São Paulo)
Gráfica Editora Kadê (São Paulo)

Havaiana Papers (Rio de Janeiro)
Impressões de Minas (Belo Horizonte)
IMPRESSOS PROSAICOS (Rio de Janeiro)
IND (Rio de janeiro)
JAMAC/Autoria Compartilhada (São Paulo)
Julia Saldanha – artista (Ubatuba)
Kamori (São Paulo)
LAB. Migaloo (Santos)
livraria pulsa (Rio de Janeiro)
Lote 42 (São Paulo)
Marcus Vinicius Bispo (Rio de Janeiro)
Mariana Paraizo (Rio de Janeiro)
microutopías | Publication Studio Montevideo (Montevideo)
Mimese (Niterói)
MOCAMBO GRÁFICO – L<>L (Rio de Janeiro)
Mon Bloo Moon (Rio de Janeiro)
nano editora (São Gonçalo)
NAVEZONA (Rio de Janeiro)
Oficina Analógika (Rio de Janeiro)
oficina do prelo (Rio de Janeiro)
Pablo Delcielo & Ediciones Granizo (Los Andes)
par(ent)esis (Florianópolis)

Parquinho Gráfico (São Paulo)
Pérola Pessoa (Recife)
Phonte88 (Belo Horizonte)
Pio Piolho (Rio de Janeiro)
Pipoca Press (Rio de Janeiro)
Piscina Pública Edições (São Paulo)
Polvilho Edições (Belo Horizonte)
PORTAIS (Rio de Janeiro)
Preá – TRA.PO (Registro de Bares Tradicionais e Populares) (Rio de Janeiro)
Projeto Experiências Indiciais (Rio de Janeiro)
PSSP estúdio (São Paulo)
quaseditora (Rio de Janeiro)
Rébus (Rio de Janeiro)
Rede de Slams do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)
Relikia RJ (Rio de Janeiro)
Retratistas do Morro (Belo Horizonte)
Risotrip (Rio de Janeiro)
Risotropical /PUBLICA (São Paulo)
Rompo Todo (Buenos Aires)
Sarau Reascender Pavios (Rio de Janeiro)
Selo Turvo (São Paulo)
Sem Cabeça (Rio de Janeiro)

Serigrafismo (Rio de Janeiro)
SINISTRA EDIÇÕES (São Paulo)
SOBINFLUENCIA EDIÇÕES (São Paulo)
SQN Biblioteca (Belo Horizonte)
Taf (Rio de Janeiro)
Tenda de Livros (São Paulo)
Tijuana (Rio de Janeiro)
TRAUM (dream) + RAUM (space) = TRAUMA (Roma / Antuérpia)
Vem pra luta amada (Rio de Janeiro)
Viajeira Cartonera (Salvador)
Vir de Tão Longe (Vitória)

Serviço:
Tijuana>Rio/ 2024
26a Feira Tijuana de Arte Impressa – Casa França-Brasil (Rio de Janeiro)
7 e 8 de dezembro de 2024 / Aberto ao público das 10h às 17h
Casa França-Brasil | Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro

Créditos:
Organização: Ana Luiza Fonseca
Curadoria: Ana Luiza Fonseca e Maite Claveau
Programação: Juliana Travassos
Identidade Visual: Estúdio Campo
Apoio: Casa França-Brasil e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro

Exposição Mal-Entendidos

Postado por CFB em 14/nov/2024 -

No dia 22 de novembro de 2024, das 17h às 20h, acontece a abertura da exposição MAL-ENTENDIDOS, com trabalhos em videoarte do grupo de pesquisa e extensão Imagens em Descompasso, do Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes) e do Instituto de Artes (IART) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), coordenado pela artista e professora Analu Cunha. A exposição ficará disponível para visitação nos dias 22, 23 e 24 de novembro.

Abertura com mesa redonda: 22 de novembro, das 17h às 20h
Exibição em looping: 23 e 24 de novembro, das 10h às 17h

A exposição oferece uma reflexão teórica e artística sobre os ritmos aos quais estamos expostos, especialmente por meio das imagens digitais. O audiovisual, elemento central da nossa rotina, tornou-se ainda mais presente durante a pandemia, mediando as relações pessoais e profissionais através de videochamadas, lives e reuniões remotas. Hoje, as relações interpessoais acontecem, em grande parte, através de telas, que impõem um ritmo acelerado e constante.

Considerando que todo poder impõe um ritmo, o projeto Imagens em Descompasso busca mapear as diversas cadências que moldam nosso cotidiano e investigar imagens que possam oferecer uma alternativa ao ritmo acelerado e homogêneo da velocidade neoliberal. A proposta é explorar o incômodo, o enigma e o maravilhamento por meio de obras que desafiam os padrões de tempo e percepção estabelecidos pela sociedade contemporânea.

Sobre Analu Cunha

Analu Cunha é artista, professora associada do Instituto de Artes (IART/UERJ) e do Programa de Pós-graduação em Artes (PPGArtes/UERJ) na Linha de pesquisa Arte, Experiência e Linguagem. Formada em Comunicação Visual (EBA/UFRJ), é mestre e doutora em Linguagens Visuais pelo PPGAV/UFRJ, com pós-doutorado PNPD/CAPES na mesma instituição. Durante o doutorado, cumpriu estágio PDEE na École Doctorale Arts plastiques, esthétiques e sciences de l’art na Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne. Entre 2011 e 2020 foi professora de videoarte e videoinstalação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Atuou nos cursos de pós-graduação lato sensu em Ensino da Arte da EAV/Parque Lage/Instituto de Artes/UERJ, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais PPGAV/EBA/UFRJ e no Programa de Pós-Graduação em Música PPGM/UFRJ. Foi Coordenadora de exposições das galerias COEXPA/DECULT/UERJ entre 2018 e 2019. É uma das editoras da Revista Concinnitas (IART/PPGARtes/UERJ), em 2014, lançou o livro Analu Cunha, com entrevista de Glória Ferreira e textos de Tania Rivera e Wilton Montenegro sobre sua produção artística. Desde 2021 desenvolve o projeto A imagem em descompasso com auxílio da bolsa Prociência (Faperj/Uerj) e, a partir de 2023, do Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (Faperj). Expõe regularmente no Brasil e no exterior e trabalha como artista visual, curadora e pesquisadora, com ênfase na área da videoarte e dos elementos constitutivos do audiovisual: som, imagem e ritmo em suas implicações sociais e antropológicas.

Sessões em exibição

Ana Alvarenga
Leia a placa acima da porta [para Poito], 2024
Vídeo digital, 1’03”
Sinopse: Leia a placa antes de assistir o vídeo.
Minibio: Doutora e Mestra em Artes pelo PPGArtes/UERJ. Atualmente, faz estágio de Pós-doutorado no mesmo programa. Artista com pesquisa em videoarte iniciada em 2016, passou a integrar o grupo A Perplexa – acompanhamento de projetos em videoarte e cinema experimental na EAV/Parque Lage, Rio de Janeiro, no período de 2018 a 2020.

Clara Mayall
Pigmaleão e Galateia, [para Cyber], 2024
Vídeo digital, 2’09”
Sinopse: A emocionante história de Pigmaleão, escultor, e Galateia, sua escultura.
Minibio: Clara Mayall é artista visual, formada em artes visuais bacharelado pela UERJ,
cursando o mestrado na mesma instituição. Profundamente interessada no entrelaçamento entre palavra e imagem, explora linguagem, identidade e o espaço entre confissão e inconfessável, diante do sonho de ser honesta e ser capaz de usar a própria voz. Seu trabalho inclui desenho, pintura, videoarte, quadrinhos, livros de artista, zines, entre outros.

Cyber Irene
Retrocesso [para Francisco], 2024, 2’06”, 1920×1080
Sinopse: Foi aos poucos que as peças se encaixaram. Foi em 1997 que nasci. Minibio: Cyber Irene é um ser digital e multiartista. Graduada como Bacharel em Artes Visuais pela UERJ, sua principal linguagem artística é o vídeo, por onde retrata e monta suas experiências web-antropológicas para observação e questionamento. Explora a internet e meios de comunicação a fim de entender os porquês e participar do cabeamento. Também aborda assuntos como suicidio e abuso sexual. Nasceu e vive no Rio de Janeiro e na internet com suas outras personas Cruel Citra e Yaku-chan.

Francisco Bragança
Verbocentrismo [para Yaminaah], 2024
Vídeo digital, 1’47”
Sinopse: O verbo no centro e entendimentos díspares à esquerda e à direita.
Minibio: Francisco Bragança atua como técnico de som direto, operador de áudio de TV, professor de cinema e audiovisual. Atualmente faz seu doutoramento no PPGArtes da UERJ com uma pesquisa sobre sonoridades no cinema brasileiro contemporâneo.

Letícia Dutra
Ritmos maquínicos [para Vitória], 2024
Vídeo digital, 1’38”
Sinopse: Um minuto não vai fazer diferença.
Minibio: Letícia Dutra é uma artista nascida na baixada fluminense e criada no ambiente multicultural da internet. É aluna do bacharelado em artes visuais no Instituto de Artes da UERJ. Suas principais mídias são a fotografia e as palavras. Na vida e em sua pesquisa artística, está em busca do silêncio.

Lucas Casemiro
Sirius [para Sema], 2024, Vídeo digital, 1’42”
Sinopse: Um registro caseiro em torno das ideias de dualidade, imaginação e equívocos intencionais da cabeça.
Minibio: Estudante do bacharelado e da licenciatura em Artes Visuais do Instituto de Artes da UERJ, Lucas Casemiro trabalha, majoritariamente, nos campos do vídeo e da materialidade em torno de seus interesses na paisagem, no tempo e num corpo ausente, que se apresenta por ecos ou indícios. Lucas tem desenvolvido práticas relacionadas à falha, à ruína e a dessincronia como modos de deslocar ou capturar forças, grandezas e objetos imateriais, imensuráveis ou inominados.

Poito
Ida [para Clara], 2024
Vídeo digital, 1’19”
Sinopse: Um “vídeo desenho” que explora a ambiguidade de frases que são comumente usadas como motivacionais, mas que também carregam consigo uma conotação que leva a culpa, ansiedade e a crise existencial.
Minibio: Meu nome é Poito, sou graduanda em Artes Visuais bacharelado na UERJ e minha pesquisa envolve majoritariamente o campo do audiovisual como a arte sonora, a videoarte e o cinema, mas também trabalho com ilustração e a projeção de luz e sombra. Com meus trabalhos busco externalizar e comunicar questões intrapessoais que me rodeiam. Já expus no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Tropigalpão, na Galeria da Passagem e na Galeria Gustavo Schnoor, ambas na UERJ.

Sema
Um vocabulário [para Clara], 2024
Vídeo digital, 1’03”
Sinopse: O trabalho consiste em um conjunto de palavras e expressões que evocam imagens de sedução e desejo.
Minibio: Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pelo PPGArtes UERJ, possui bacharelado em Artes Visuais pela mesma instituição. Pesquisa práticas curatoriais que promovam o protagonismo da população LGBTQIA+ e estratégias de sobrevivência de jovens artistas. Já participou de exposições na Galeria Anita Schwartz, no Paço Imperial, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, na Casa França-Brasil, dentre outros.

Vitória Porto
Vigília [para Sema], 2024
Vídeo digital, 2’37”
Sinopse: Eram quase cinco horas da manhã quando acordei.
Minibio: Vitória Porto (Angra dos Reis, 2000) possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense e atualmente é mestranda no PPGArtes UERJ. Seus trabalhos exploram os limites entre a imagem e a escrita, se desenvolvendo principalmente na fotografia, instalação, vídeo e desenho. O arquivo tem sido seu principal material de pesquisa, onde as experimentações com a montagem investigam o ruído, a paisagem e o sonho.

Yaminaah Abayomi
É, eu menti [para Sema], 2024
Vídeo digital, 2’37”
Sinopse: Esse vídeo só tem uma foto.
Minibio: Yaminaah Abayomi mora e trabalha no Rio de Janeiro, onde se graduou em Comunicação Social, com Habilitação em Audiovisual, pela ECo – UFRJ. Artista multimídia, ela desenvolve pesquisa sobre a relação entre formas circulares e o tempo no curso de mestrado do PPGARTES – UERJ. Em sua trajetória, destacam-se os seus fenascistoscópios e também as pinturas, instalações e animações que compõem a série Guiança.

Artistas: Ana Alvarenga, Clara Mayall, Cyber Irene, Francisco Bragança, Letícia Dutra, Lucas Casemiro, Poito, Sema, Vitória Porto e Yaminaah Abayomi
Curadoria: Analu Cunha

Exposição Apocalipse

Postado por CFB em 04/nov/2024 -

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Casa França-Brasil e Comadre, apresentam:

Apocalipse

Com abertura na Sexta, 08 de novembro, às 15h, a exposição “Apocalipse” estará disponível aqui na Casa França-Brasil, com entrada gratuita.

O Instituto Comadre apresenta a exposição coletiva Apocalipse, uma leitura simbólica e contemporânea do livro bíblico que explora questões universais e atemporais sobre moralidade, poder e transcendência. Com curadoria assinada por Gabriela Davies e Maíra Marques e produção de Marcella Klimuk, a mostra constroi uma imersão em quatro eixos: Poder x Massa e Sagrado x Profano.

Apocalipse não é uma interpretação literal do texto bíblico, mas um convite a refletir sobre as tensões que se formam em nossa sociedade atual. Em especial, a exposição sublinha o peso das instituições de poder e como essas estruturas afetam e transformam a experiência coletiva, moldando comportamentos e impondo valores. Neste contexto, o poder é visto como uma força central que organiza, mas também oprime e desafia a massa, fazendo surgir questões sobre autoridade e resistência.

Três das obras foram criadas especialmente para a mostra pelos artistas Edu de Barros e Maxwell Alexandre, integrando-se diretamente à arquitetura da Casa França Brasil e ocupando as claraboias do espaço. As peças de Edu de Barros, concebidas como profecias que entrelaçam mitos e simbolismos, dialogam com a tradição dos afrescos e murais, inspirando-se na arquitetura de templos e na ábside, área que frequentemente se localiza acima dos altares. Ao tensionar os limites entre arte e religiosidade, Edu traz uma abordagem que aproxima o espaço da contemplação estética do universo da fé, evocando um apocalipse mundano em suas criações, onde o sagrado e o profano se encontram.

Já as obras de Maxwell Alexandre, parte de sua série “Clube,” exploram o poder e as fronteiras de pertencimento em espaços exclusivos, como clubes sociais, evidenciando o poder de exclusão e as dinâmicas de pertencimento e segregação.

Completando o conjunto, “O bode na sala”, obra de Froiid, apresenta uma mesa de truco coberta por moedas de chocolate, simbolizando o poder do dinheiro e suas dualidades – o jogo, o roubo e o espaço ambíguo que o dinheiro ocupa como elemento sagrado e profano. A obra reflete sobre as tensões morais e materiais em torno do dinheiro, evidenciando como ele pode transitar entre valores espirituais e terrenos.

Como parte da rota cultural do G20, a exposição amplia seu alcance ao integrar-se a um circuito internacional de atividades e reflexões, oferecendo uma visão crítica sobre temas que são igualmente relevantes em uma esfera global. Através de obras que variam entre o ritualístico e o político, Apocalipse propõe que o fim não seja apenas uma ruptura, mas um ponto de questionamento e renascimento. O diálogo entre as obras e o ambiente da Casa França Brasil abre possibilidades de reflexão sobre os sistemas morais e espirituais que nos cercam, e o papel das instituições no exercício e manutenção do poder.

Artistas participantes: Augusto Portella, Caio Pacela, Carlos Vergara, Edu de Barros, Eduardo Berliner, Felippe Moraes, Fernando de La Rocque, Francisco de Goya, Froiid, Gian Gigi Spina, Guerreiro do Divino Amor, Guga Ferraz, Hélio Oiticica, Ian Cheibub, Jean-Marie Fahy, Letícia Parente, Márcia X, Maria Antonia, Maxwell Alexandre, Melissa de Oliveira, Nádia Taquary, Randolpho Lamonier, Raphael Escobar, Sofia Borges, Tainan Cabral e Thix. 

Serviço:Apocalipse

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro
Abertura:  08 de novembro, às 15h
Período Expositivo:  08 de novembro a 02 de dezembro de 2024  
Curadoria: Comadre (Maíra Marques e Gabriela Davies)  
Funcionamento: terça-feira a domingo, das 10h às 17h
Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental:
 Quartas-feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes
Classificação indicativa livre
Entrada gratuita

PROJETO #VEMPRACASA CINECLUBE “PAJUBÁ”

Postado por CFB em 23/ago/2024 -

Projeto #VemPraCasa convida cineclube Pajubá

No sábado, 31 de agosto, das 16h às 19h, a Casa França-Brasil convida o cineclube Pajubá para exibição dos filmes Emocionado (2024) dirigido por Pedro Melo, Tea For Two (2028) dirigido por Julia Katharine, Babi e Elvis (2019) dirigido por Mariana Borges e Os Últimos Românticos do Mundo (2020) dirigido por Henrique Arruda, em paralelo às programações expositivas da Casa. A programação inicia com bate-papo, seguido de exibição.

Sessão São Amores:

Curadoria por Rafael Ribeiro e Lucas Nathan

Texto por Lucas Nathan e Rafael Ribeiro

“E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure”.

(Soneto de Fidelidade, de Vinicius de Moraes)

O que é o amor? Um sentimento que é entendido de diferentes formas para diferentes pessoas com diferentes vidas? Não sabemos de fato como o definir, já que sua subjetividade abre uma gama de possibilidades de experimentá-lo. O amor é um sentimento que nos torna vivo, que vem de dentro e nos sinestesia por completo; anárquico a qualquer segmento e ordem social. Alguns até tentaram o instrumentalizar em uma fórmula, compulsando um imaginário coletivo do que ele seria, mas não passa de tentativas sem uma exata confirmação.

E como são os amores experimentados dentro das inúmeras formas de se vivenciar gênero e sexualidade? Transgredir as amarras cis-heteronormatividade demandam um caminho muitas vezes sem referencial para conseguirmos nos permitir amar. Além disso, nossas vivências permeiam caminhos do amor árduo, inseridos em espaços de estigma e repulsa social. Então esse amor é resistência, é firmando esse direito que faz com que nos sintamos potentes para (re)existirmos.

É contemplando as singularidades que são possíveis experienciar o amor que essa sessão é planejada. Começando em um pico de amor jovial, mesclado com adrenalina e cultura gamer em Emocionado, onde acompanhamos o jovem Erick e sua paixão repentina pelo “boy” que sua amiga o mostrou. A partir da primeira curtida de fotos, os dois meninos não param mais de se falar, quando Erick menos espera já está vidrado nesse amor. Percebemos com a protagonista Silvia, em Tea For Two, que nunca é tarde para encontrar novamente o amor e que ele pode aparecer até no meio da solidão cotidiana. Somos testemunhas em Babi e Elvis que o ato de casar deve ser permitido a todos que o desejam e sonham com isso. Com a felicidade estampada no rosto e ansiedade nos beiços, Bárbara, a protagonista, nos cativa ao longo do documentário com sua fiel autenticidade. Por fim, o mundo está acabando, o que fazer? Se amar e dançar, é o que Pedro e Miguel, decidem fazer, o amor e a esperança da eternidade são celebrados em Os Últimos Românticos do Mundo, que fecha essa sessão.

Com uma temática tão abrangente, seria impossível dar conta de tantas formas de amar. Aqui escolhemos trazer uma perspectiva positiva, entendendo que não podemos encaixar o amor em um armário e moldá-lo à uma forma, mas sim, o deixar livre, onde cada um o entende à sua maneira. É salutar ter o amor em nosso cotidiano LGBTI+, ainda mais onde a solidão pode vir a ser uma constância em nossas vidas, ou até a efemeridade de nossa existência. Através desses filmes, podemos sentir o amor no ar não só entre personagens e sujeitos, mas em todos os aspectos que permeiam essas produções. A disposição de seus realizadores de criarem narrativas afetivas ajudam a construir um futuro onde a busca por esse sentimento seja menos árdua para nós. Logo, vos digo, amem-se e deixem ser amados!

Sobre o cineclube Pajubá

O Núcleo Pajubá atua em diferentes frentes de produção pela valorização da produção de audiovisual de narrativas LGBTI+ brasileira e independente. O Cineclube Pajubá valoriza e celebra curtas-metragens brasileiros premiados produzidos por realizadores LGBTI+, contribuindo para a ampliação do diálogo e da representatividade de uma rica cinematografia que possui pouco espaço de exibição após passagem por circuito de festivais. Entendem que essas produções possuem mais liberdade para tocar em temas, estéticas e narrativas que não são contempladas por produções do cinema comercial, sendo uma poderosa ferramenta de visibilidade pautas, identidades e expressões dissidentes. Para o Cineclube Pajubá interessa pensar: qual a linguagem que os realizadores LGBTI+ estão produzindo e que é só nosso? Qual é o pajubá do cinema brasileiro? Através de sessões temáticas, apresentam uma gama de filmes que formam um mosaico para essa premissa.

Programação

– Emocionado (Direção: Pedro Melo, PE, 2024, 15′) – Classificação: 12 anos

Sinopse:  “Emocionado”, acompanha uma semana da vida de Erick, jovem que cursa o ensino médio e trabalha através do estágio Jovem Aprendiz como entregador de uma loja de artigos de videogame. A história começa quando ele conversa pelas redes sociais com um Boy por quem ele se interessa, até o momento em que a relação não vai para frente e ele precisa encarar essa frustração com ajuda da sua melhor amiga, Duda. 

– Tea For Two (Direção: Julia Katharine, SP, 2018, 25′) – Classificação: 12 anos

Sinopse: Silvia é uma cineasta de meia-idade em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da ex-mulher, que a abandonou há alguns anos, conhece outra mulher que a fascina.

– Babi e Elvis (Direção: Mariana Borges, MG, 2019, 18′) – Classificação: 14 anos

Sinopse: Babi vai se casar com Elvis no Bar do Fernando. 

– Os Últimos Românticos do Mundo (Direção: Henrique Arruda, PE, 2020, 23′) – Classificação: 14 anos

Sinopse: 2050. O mundo como conhecemos está prestes a ser extinto por uma nuvem rosa. Distante do caos urbano, Pedro e Miguel só buscam a eternidade

Sobre os diretores

Pedro Melo é formado em cinema e audiovisual pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi cinegrafista e montador da Casa de Cinema de Olinda, em projetos para televisão e coordenador do Projeto Bezerros aprendizagem conectada para a Secretaria de Educação de Bezerros, PE. É diretor e montador de Playlist, premiado melhor curta pelo júri crítico, no festival de cinema de Caruaru 2020. e em 5 categorias no CinePE 2021 e de Emocionado, Melhor Roteiro, Melhor Montagem e Melhor atriz pelo CinePE 2024.

Julia Katharine é uma cineasta, roteirista e atriz brasileira. Foi a primeira cineasta transexual do Brasil a entrar no circuito comercial como diretora de um filme, com o curta-metragem Tea for Two, em 2019. Trabalhou como atriz em quatro filmes de Gustavo Vinagre: Três Tigres Tristes; Filme-catástrofe; Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmo e Lembro mais dos corvos. Neste último, no qual foi também co-roteirista, sua participação lhe rendeu o Prêmio Helena Ignez. Em 2020, foi citada como parte dos “Top 10 Novos Cineastas Brasileiros” em uma lista feita pelo portal Papo de Cinema através de uma votação entre diversos críticos de todo o país. A justificativa alega que o cinema de Katharine surge como uma das mais potentes forças do cinema brasileiro, que gradativamente abraça a diversidade como um elemento imprescindível para contar histórias, junto com um estilo que propõe a reflexão por meio da valorização da palavra e dos gestos.

Mariana Borges é formada em Comunicação Social pela UFMG e pós-graduada em Artes Plásticas e Contemporaneidade pela Escola Guignard. Realiza projetos fotográficos e cinematográficos desde 2010. Dirigiu o filme ”Babi & Elvis”, selecionado para integrar o XV Panorama Internacional Coisa de Cinema de 2019, a 23º Mostra de Cinema de Tiradentes de 2020, o XV CineBH, o 27º Festival de Cinema de Vitória e a 1ª MAMu; co-dirigiu “Essentia”, ao lado de Gabriel Sung, selecionado para a Mostra do Cine Sesc em 2017, além do curta “Jornal também é patrimônio”, eleito melhor curtíssimo nacional, no Lobo Fest, em 2017. Atualmente trabalha como freelancer, produzindo filmes autorais para o segmento da Cultura.

Indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021, da Academia Brasileira de Cinema, na categoria curta-metragem por “Os Últimos Românticos do Mundo”, Henrique Arruda é natural de Recife, Pernambuco, e trabalha com cinema nas áreas de Roteiro, Direção, e Direção de Arte. Possui 4 curtas-metragens autorais realizados, que juntos somam mais de 60 prêmios, e exibições em mais de 100 janelas ao redor do mundo. Fundador do selo audiovisual Filmes de Marte, por onde realiza suas obras, e projetos diversos na área de difusão e formação, Henrique também é idealizador do “MarteLab”, laboratório de desenvolvimento de curtas-metragens para realizadores LGBTQIA+ brasileiros. 

Sobre a convidada

Sabine Passareli, 29 anos, artista independente. Terapeuta ocupacional graduada e especialista em Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente trabalha no Centro de Atenção Psicossocial III Mauricio de Sousa. 

31 de Agosto de 2024, das 16h às 19h

Casa França-Brasil 

Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro

Classificação indicativa 14 anos

Entrada gratuita

Experiência Em Montagem na exposição “O Real Transfigurado”

Postado por CFB em 17/jul/2023 -

Experiência Em Montagem na exposição O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói com os curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto

A experiência tem como objetivo apresentar, de maneira prática, o percurso para a montagem de uma exposição. A partir dos recortes curatoriais, das alternativas adotadas para a expografia e montagem da exposição O Real Transfigurado, serão apresentados e discutidos o projeto museográfico e seus diversos processos até a montagem final, com a presença dos curadores Marcus Lontra e Rafael Peixoto na Casa França-Brasil. O encontro terá a duração de 2 horas e oferecerá certificado de participação.

Para realizar sua inscrição, clique aqui para preencher o formulário.

20 de Julho de 2024 | 15h às 17h

Gratuito | Presencial

20 vagas disponíveis por ordem de inscrição até 19 de Julho às 12h (p.m.). 

Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro, RJ

O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI

Postado por CFB em 17/jul/2023 -

“A arte povera ainda é hoje uma fonte de referência essencial para se compreender a arte contemporânea brasileira”

– Marcus de Lontra Costa

A exposição “O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI” ocupa, a partir de 22 de julho, o espaço monumental da Casa França-Brasil, no centro do Rio, e apresenta ao público carioca um conjunto de 36 obras em diferentes técnicas, formatos e materiais. Com o patrocínio da Petrobras e curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, a exposição chama atenção para a influência e os diálogos com a arte povera na produção artística brasileira.

Anna Bella Geiger – Sem título, 1979
Imagem: Paulinho Muniz

Este movimento, que teve origem na Itália no final dos anos 1960, buscava uma relação mais vivencial com a arte, em resposta a um mercado em ascensão que transformava a criação artística em produto comercial. Para isso, os artistas da arte povera, em italiano arte pobre, usavam materiais diversos do cotidiano que nem sempre eram considerados nobres, e faziam uma provocação tanto sobre o que era ser artista, com forte influência das ideias do francês Marchel Duchamp, como também do papel da arte na sociedade de consumo. Assim como a pop arte e a arte conceitual, que se desenvolveram no mesmo período, esse movimento foi responsável por libertações técnicas e temáticas que abriram caminhos para várias questões que até hoje fazem parte das pesquisas contemporâneas. A influência destas três vanguardas no Brasil do final dos anos 1960 aconteceu em meio ao conturbado cenário político e econômico da ditadura militar. Como resposta à repressão e à violência, grande parte da produção artística desta época trazia um caráter essencialmente subversivo e de denúncia. Se na Europa e nos Estados Unidos a crítica visava a sociedade de consumo, no Brasil, a contestação assumia o papel de resistência democrática, a favor da liberdade, onde o corpo era o principal espaço da ação artística. Nos últimos anos, a importância da pop e da arte conceitual nessas esferas vem sendo estudada por diversos críticos, mas a povera, no entanto, permanece pouco conhecida tanto no ambiente artístico como pelo grande público. A exposição “O real transfigurado” reúne obras que exemplificam os diálogos entre questões da povera italiana e da experiência brasileira.

“Talvez uma das maiores contribuições desse movimento foi a provocação por uma expressão artística pulsante contra uma ideia de objeto artístico estático. Para isso, os artistas lançavam mão de materiais diversos, considerados vulgares pela tradição da arte, como produtos perecíveis e até mesmo animais vivos, como é o caso da icônica obra “Pappagallo” feita por Jannis Kounellis em 1967. Apesar de muito já se refletir sobre essas particularidades latino americanas nos movimentos pop e conceitual, ainda é pouca a consciência, tanto da classe artística como do público geral, da importância da povera”, diz Rafael Fortes Peixoto, um dos curadores da mostra.

“A exposição tem artistas que se referem diretamente a arte povera com obras referenciais dos anos de 1970 como os trabalhos do Barrio, de Antonio Manuel e de Anna Bella Geiger, e as decorrências futuras dessa influência da polvera que chegam a artistas como Eliane Duarte, que é uma artista que merece ser revista no cenário da arte carioca e brasileira, Nazaré Pacheco, Nelson Felix. A exposição também tem o compromisso de apresentar artistas diretamente referenciados a este movimento durante o período da ditadura militar, como também um grupo de artistas já dos anos de 1980 e 1990 que dialogam à distância com essa questão da arte povera. A arte povera ainda é hoje uma fonte de referência essencial para se compreender a arte contemporânea brasileira”, explica o curador Marcus de Lontra Costa.

Antônio Dias – “The Illusionist”, 1971
Imagem: Jaime Acioli

As obras que compõe a mostra pertencem à icônica Coleção João Sattamini, em comodato com o MAC-Niterói desde 1991. Composta por mais de 1000 obras, a coleção foi criada ao longo de trinta anos de colecionismo e traz um amplo panorama da produção artística brasileira da segunda metade do século XX. Entre os 33 artistas selecionados para a exposição estão nomes referenciais da arte brasileira, como Antonio Dias, Cildo Meireles, Anna Bella Geiger, Ernesto Neto, Frans Krajcberg, Arthur Barrio, Tunga, Nelson Felix, Iole de Freitas, Antonio Manuel, Nazareth Pacheco, entre outros.

Além de incentivar uma reflexão sobre a influência da povera no Brasil, a exposição pretende provocar o público a experienciar a arte fora de padrões estéticos e formais, percebendo a obra de arte como experiência do material no espaço, onde espectador e obra, exercem a mesma função.

“O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI” é a segunda de três exposições que acontecem ao longo de 2023. Contemplada na chamada do programa Petrobras Cultural Múltiplas Expressões, conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, e o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, com o intuito de revitalizar a Casa França Brasil, tomando como ponto de partida sua importância histórica de espaço de cultural e de valorização da produção artística brasileira. A primeira da série, “Navegar é Preciso – paisagens fluminenses”, ficou ambientada na Casa França-Brasil até o dia 9 de julho com grande sucesso de público.

Luiz Ernesto – “Equilibrando-se em luz revela-se”, 2012
Imagem: Jaimi Acioli

Serviço:

O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI

Curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto

Casa França-Brasil

Artistas: Afonso Tostes, Angela Freiberger, Anna Bella Geiger, Antonio Dias, Antonio Manuel, Artur Barrio, Camille Kachani, Chico Cunha, Cildo Meireles, Emmanuel Nassar, Delson Uchôa, Eliane Duarte, Ernesto Neto, Farnese de Andrade, Franz Krajcberg, Iole de Freitas, Ivens Machado, Icléa Goldberg, Jorge Barrão, Jorge Duarte, Katie van Scherpenberg, Leda Catunda, Luiz Ernesto, Marcos Cardoso, Marcos Coelho Benjamin, Nelson Felix, Nazareth Pacheco, Nelson Leirner, Nuno Ramos, Ricardo Ventura, Sérgio Romagnolo, Tunga, Wesley Duke Lee

Abertura: sábado, 22 de julho de 2023 – 16 horas

Exposição de 22 de julho a 17 de setembro de 2023

Casa França-Brasil

Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro.

De terça a domingo, das 10h às 17h.

Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental: quartas feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes.

Entrada Gratuita.