Postado por CFB em 12/jan/2022 -
Durante o ano de 2021 a Casa França-Brasil foi palco de diversos grupos do IBME – Instituto Brasileiro de Música e Educação com o programa “Orquestra nas Escolas”. Variando desde ensaios durante as tardes das semanas até grandes apresentações, a enorme estrutura proporcionou uma excelente acústica para orquestras como a Jazz Sinfônica, Orquestra Sinfônica Juvenil Carioca, Coro Laboratório Juvenil do Rio de Janeiro, Orquestra Escola do IBME, entre outras.
Confira abaixo a apresentação da Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga na série “Paisagens Sonoras” na Casa França Brasil, sob a regência da maestrina Priscila Bomfim: https://www.youtube.com/watch?v=-80fmEHi62U.
Postado por CFB em 12/jan/2022 -
A Casa França-Brasil recebeu, em dezembro de 2021, um dos cinco projetos selecionados pela edição de 2020 do Prêmio Funarte Artes Visuais: “Uns Sobre os Outros: História como corpo coletivo”. A exposição reúne 17 obras inéditas da artista em três ambientes diferentes e que no seu conjunto “apresenta o ser humano em episódios da memória coletiva, tecendo comentários estéticos sobre as relações humanas, através de movimentos transversais ao tempo histórico”, nas palavras da curadora Ana Lobo.
Postado por CFB em 10/jan/2022 -
O edifício onde hoje funciona a Casa França-Brasil já foi palco de eventos importantes de nossa História. Encomendado em 1819 por D. João VI à Grandjean de Montigny, arquiteto da Missão Artística Francesa, a obra em si é um documento histórico importante. Trata-se do primeiro registro do estilo neoclássico no Rio de Janeiro, tendência que viria então a popularizar-se, dando à cidade marcada por suas casas coloniais um tom mais cosmopolita, à moda europeia.
No dia 13 de maio de 1820, o edifício foi inaugurado como a primeira Praça do Comércio do Rio de Janeiro, cidade sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Apenas quatro anos mais tarde, já no contexto do Brasil independente de Portugal, foi transformado por D. Pedro I em Alfândega, função que exerceria até 1944.
Esta obra de Montigny passou em seguida por diferentes usos, tendo servido até 1952 de depósito para os arquivos do Banco Ítalo-Germânico e ainda, de 1956 a 1978, como sede do II Tribunal do Júri. Em 1938 o prédio foi tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional — atual IPHAN.
Em 1984 a atual vocação da Casa França-Brasil começou a ser traçada. O antropólogo Darcy Ribeiro, então Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, combinou recursos brasileiros e franceses no ano seguinte para restaurar a construção e resgatar as linhas arquitetônicas originais projetadas por Montigny. As etapas para a criação do centro cultural e o trabalho de restauração atravessaram a década de 1980. Em 29 de março de 1990, foi inaugurada a Casa França-Brasil
Entre 1990 e 2008, a Casa França-Brasil desenvolveu uma programação eclética, com exposições de temas variados e artistas consagrados, modernos e contemporâneos, como Juan Miró, Glauco Rodrigues, Antonio Henrique Amaral, Irmãos Campana e Niki de Saint Phalle. A partir de 2008, após um importante processo de obras estruturais e de restauração, a Casa França-Brasil assumiu nova missão institucional e linha curatorial, focadas na arte e cultura contemporâneas. Expoentes das artes visuais nacionais e internacionais, como Iole de Freitas, Laura Lima, Miguel Rio Branco, Cristina Iglesias e Chistian Boltanski já ocuparam a Casa França-Brasil com exposições individuais.
Postado por CFB em 12/ago/2021 -
Não foi Saramago quem disse: “se podes olhar, vê; se podes ver, repara”? Pois, eu digo, é bem possível apenas passar na Casa França-Brasil só para ver alguma exposição interessante (tem sempre alguma), curtir o café com vista para a Igreja da Candelária, ou mesmo ficar no espaço de leitura deles. Agora, se você “reparar” o lugar irá descobrir vestígios maravilhosos sobre a História do Brasil, marcas de grandes eventos e de todo um embate para preservação ou destruição deste prédio.
A Casa foi uma encomenda de D. João VI ao arquiteto Grandjean de Montigny em 1819. É o primeiro registro de arquitetura neoclássica na cidade. Esse estilo foi muito difundido e mesclou-se as construções barrocas do período colonial. De alguma maneira, é através desta difusão do neoclássico, e dos valores da Missão Artística Francesa, da qual Montigny fazia parte, que podemos perceber o quanto a estética francesa, com ares de cosmopolita, invadiu esta colônia barroca marcando o estabelecimento da corte portuguesa em terras cariocas.
O prédio ficou abandonado e, só em 1984 começou-se a restauração e criação do centro cultural. Foi um processo longo e único, no qual eles inclusive encontraram o cais por onde a comitiva de D. João VI atracou para sua visita à Praça do Comércio em 1820. Eles mantiveram a rampa de acesso no fundo do prédio. É tudo muito interessante, e aos poucos, você pode descobrir tudo isso por lá.
Minha dica é: tire uma tarde e faça programas combinados. Visite a Casa, o CCBB e o Centro Cultural dos Correios. São todos muito próximos e é uma delícia andar pela área. Depois você pode se acabar num dos bares com samba que tem por lá. Samba, Cultura e História, como resistir?