Postado por CFB em 25/nov/2024 -
Após uma semana de cocriação nas ruas de Bogotá como parte do projeto ¡Hola Rio!, cinco artistas urbanos colombianos e cinco artistas brasileiros desembarcam no Rio de Janeiro para realizar juntos uma obra coletiva inédita na cidade, que celebra a criatividade da arte urbana na América Latina. Com a proposta de promover o intercâmbio cultural entre os dois países, o ¡Hola Rio! é uma realização do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através do edital Ano Rio-Colômbia.
No dia 29 de novembro, haverá ainda uma conversa aberta com os artistas participantes na Casa França-Brasil, no Centro. Durante o bate-papo, o público poderá conhecer as histórias e experiências vividas pelos artistas durante o intercâmbio de arte urbana entre Brasil e Colômbia.
Acesse o link para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd_STKznLJ5o5kPrpoygFDu9JZo0lWVSazY8XaZBmdcrEcRtA/viewform
A cooperação internacional, o impacto social e o fomento cultural são os pilares fundamentais do ¡Hola Rio!, contribuindo para o reconhecimento do país como centro difusor da cultura e ampliando o acesso a bens culturais brasileiros. Mais de 30 apresentações de teatro, dança, música, artes visuais, e ações formativas brasileiras circularam pela Colômbia, convocando cerca de 200 artistas para este intercâmbio cultural que celebra a diversidade das artes e da cultura. O evento é uma porta de entrada para intercâmbios de conhecimento e trocas internacionais, oferecendo visibilidade para o potencial criativo do Rio de Janeiro, ampliando os mercados da economia criativa.
O projeto ¡Hola Rio! é realizado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através do edital Ano Rio-Colômbia. O projeto também conta com a produção executiva da Jerimum Ideias, com apoio institucional da Solucionart, Quitanda Soluções Criativas e do Ano Brasil-Colômbia. A programação carioca conta ainda com o apoio do SESC RJ e da Fecomércio.
Conheça as duplas de artistas do ¡Hola Rio!:
TOZ VIANA (Brasil) + ROBS ONER (Colômbia)
TOZ VIANA – @tozfbc
O artista Toz Viana dedica-se há mais de 25 anos ao graffiti, arte urbana e contemporânea, produzindo obras em múltiplos suportes, como telas, esculturas, murais, empenas de prédios e instalações. Também é reconhecido pelos trabalhos em formatos monumentais. Influenciado por cartunistas como Angeli e Laerte, na Pop Art de Andy Warhol e no movimento Hip Hop, suas obras podem ser vistas em ruas e muros de cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Madrid, Paris, Zurich, Hong Kong, entre outras.
ROBS ONER – @robs.oner
Designer gráfico e artista urbano desde 2003, iniciou sua carreira na Graffiti Writing, especializando-se na criação e pesquisa de formas, letras, imagens, fotografia, logotipos, ilustração, etc. Hoje oferece amplo conhecimento e versatilidade de técnicas e estilos para composição de murais de grande formato. Seus 21 anos de experiência no mundo do Graffiti e da Arte Urbana o levaram a fazer parte de múltiplos processos pedagógicos, acompanhando populações como jovens de bairros populares em situação de vulnerabilidade, comunidade trans, moradores de rua, mulheres e adultos. Algumas de suas intervenções são: Hip Hop para a categoria parque Pequeno formato ano 2018 e 2024 Grande formato ano 2019 e 2023. Corredor artístico transmicável, 2029. Salão Nacional dos Artistas, 2019. Museu Aberto de Bogotá 2019. Festival Pinta la Bonita Bucaramanga, 2022 Categoria MAB Large Format Jazz al Parque, 2024. 1º World Hip Hop Summit Caracas Venezuela, 2005. Green Graff Peru Graffiti and Urban Art Congress 2024.
CAZÉ (Brasil) + NATS GARU (Colômbia)
CAZÉ – @cazearte
Cazé (Rio de Janeiro, 1987) é artista visual e muralista. Pesquisa as “biografias urbanas” dos territórios que está presente, de modo a criar narrativas a partir de registros autorais, valorizando atores sociais e histórias que são tradicionalmente preteridas e silenciadas. O artista reúne trabalhos pelo Brasil e ao redor do mundo, em países como Guiné-Bissau, Portugal, França, Inglaterra, Alemanha e Equador. É também co-realizador de NegroMuro, projeto que atua no mapeamento da memória negra através da arte urbana.
NATS GARU – @nats_garu
Artista colombiana, nascida em 1990 em Bogotá, com formação em Arquiteto e Designer Gráfico. Começou a pintar murais em 2012, levando suas ilustrações para as paredes, que se tornaram sua superfície preferida para compartilhar imagens. Seu estilo mistura elementos de surrealismo, botânica e retrato, dando especial atenção ao gerenciamento de cores. Sua técnica é mista, utilizando vinil e aerossol na criação de murais. Tem interesse em criar imagens que despertem emoções, que o trabalho seja sensível e leve as pessoas à reflexão íntima. Para isso, utiliza elementos figurativos e abstratos, expressivos e dinâmicos, que, acompanhados da cor, transmitem sensações intensas. A cor é muito importante, tente fazer dela a protagonista e falar por si. Ele transita entre o figurativo e o abstrato, buscando movimento e fluidez em suas imagens.
PABLO MALAFAIA (Brasil) + LILI CUCA (Colômbia)
PABLO MALAFAIA – @pablomalafaia
Pablo Malafaia é artista urbano e visual, com formação em Design Gráfico pelo IFF. Nasceu, vive e trabalha em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense RJ. Em seu trabalho, destaca-se o uso de técnicas mistas, abarcando stencil, grafite, colagem e acrílica. Com base em questões de território, identidade e pertencimento, cria uma atmosfera especial e familiar, sobretudo a partir de ambientes em que está inserido e faz parte. Em 2024, Malafaia conquistou o primeiro lugar no edital LPG – Apoio às Artes Visuais com “Ainda Falo de Pessoas e Lugares que Não Conheço” e também participou da primeira exposição de artistas negros de Campos dos Goytacazes intitulada “Nuances”.
LILI CUCA – @lili_cuca
Lili Cuca pinta desde 2007 e desenvolveu uma proposta através do desenho, da ilustração e das artes plásticas nas intervenções urbanas de grande formato, por meio das quais busca adequar às imagens aos lugares para transformá-los em circunstâncias, momentos no espaço que narram situações que lhe permitem ter uma linguagem na qual reivindica o feminino, nossa existência, nosso ser e nosso sentir, a partir da criatividade e da criação. Isso permitiu que seu trabalho fosse reconhecido pela relação social e humana que sempre acompanha seus projetos, levando-a a encontrar formas de realizar intervenções em nível nacional e internacional. Graças ao seu trabalho como artista urbana, ela conseguiu se destacar em outros países, onde participou como artista convidada em diversos festivais de arte urbana e projetos artísticos, como Brasil, Peru, Equador, Estados Unidos, Espanha, Cuba, México, Finlândia, Paris, entre outros. Além de participar em alguns desses países em vários projetos comunitários e de design participativo como extensão de projetos que desenvolveu na Colômbia, ela se tornou uma das referências nacionais do arte urbana e uma das mulheres mais proeminentes no desenvolvimento desse cenário.
BRUNO LYFE (Brasil) + ARTEAGA (Colômbia)
BRUNO LYFE – @bruno.lyfe
Bruno Lyfe (Rio de Janeiro, 1991). Vive e trabalha em Ramos, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro. Em 2018, se formou na Escola de Belas Artes da UFRJ no curso de Pintura e, em 2023 , na Elã, escola livre de Artes do Galpão Bela Maré. Na sua linguagem plástica, a linha e a forma se impõem em associação com intensos cromatismos, sobreposições e justaposições de elementos numa multiplicidade de acontecimentos onde figura e fundo se transbordam, criando em suas obras uma espécie de colagem.
ARTEAGA – @arteaga.1
Arteaga se formou como designer industrial pela “Universidade Autônoma da Colômbia”. em 2019. Arteaga iniciou sua trajetória artística em 2015, participando de programas como Somos Arte Somos Parte (2015) e Artecámara Tutor (2016), da Câmara de Comércio de Bogotá, como participante e expositor. Desde então, desenvolveu um interesse por ilustração e arte urbana, áreas nas quais tem criado sua proposta artística. Conceitualmente, seu trabalho é baseado em referências à estética dos quadrinhos e às capas de edições de HQs, utilizando sua diagramação como base. Ele gosta de partir da sátira, de imagens impossíveis e de temas carregados de humor e referências à cultura pop para criar suas imagens. Esteticamente, utiliza técnicas clássicas de pintura em contraste com estéticas e técnicas contemporâneas de ilustração e quadrinhos. Tem interesse por temas como ficção científica, inteligência artificial e a relação das pessoas com cenários distópicos e futuros possíveis.
JEFF SEON (Brasil) + ARK ANIMALIUM (Colômbia)
JEFF SEON – @jeffreyseon
Jeff Seon é conhecido por seus grafites e murais que abordam temas sociais e culturais. Suas obras incluem um mural no AquaRio, um grafite na zona portuária do Rio no projeto Cores do Brasil e a participação de um mural de 300m² no projeto Zona de Arte Urbana (ZAU). Jeff estreia sua primeira exposição individual e já participou de exposições coletivas em espaços como EAV, A Gentil Carioca, MAR e MUHCAB. Além de artista, é produtor e professor de artes, tendo recebido prêmios como “Sua Arte Aproxima” da Microsoft em 2021 e “A Arte do Debate Cultural na Favela” pelo Edital FOCA em 2022. Em 2023, foi contemplado por dois editais da Lei Paulo Gustavo e pelo Edital SESC Pulsar.
ARK ANIMALIUM – @arkaloides
Desde 2004, se dedica à arte e ao design, com especialização em muralismo e graffiti. Sua abordagem artística, “ARK ANIMALIUM”, é uma exploração introspectiva que aborda temas como a vida, a morte e as divisões do pensamento humano. Através de suas obras, busca transformar espaços urbanos e criar universos onde o fantástico e o cotidiano se encontram. Seu processo criativo é alimentado pela interação com as pessoas e pelos acontecimentos globais, sempre com o objetivo de fomentar a reflexão sobre questões sociais e ambientais, explorando a simbiose entre animais e humanidade.
Postado por CFB em 14/nov/2024 -
No dia 22 de novembro de 2024, das 17h às 20h, acontece a abertura da exposição MAL-ENTENDIDOS, com trabalhos em videoarte do grupo de pesquisa e extensão Imagens em Descompasso, do Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGArtes) e do Instituto de Artes (IART) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), coordenado pela artista e professora Analu Cunha. A exposição ficará disponível para visitação nos dias 22, 23 e 24 de novembro.
Abertura com mesa redonda: 22 de novembro, das 17h às 20h
Exibição em looping: 23 e 24 de novembro, das 10h às 17h
A exposição oferece uma reflexão teórica e artística sobre os ritmos aos quais estamos expostos, especialmente por meio das imagens digitais. O audiovisual, elemento central da nossa rotina, tornou-se ainda mais presente durante a pandemia, mediando as relações pessoais e profissionais através de videochamadas, lives e reuniões remotas. Hoje, as relações interpessoais acontecem, em grande parte, através de telas, que impõem um ritmo acelerado e constante.
Considerando que todo poder impõe um ritmo, o projeto Imagens em Descompasso busca mapear as diversas cadências que moldam nosso cotidiano e investigar imagens que possam oferecer uma alternativa ao ritmo acelerado e homogêneo da velocidade neoliberal. A proposta é explorar o incômodo, o enigma e o maravilhamento por meio de obras que desafiam os padrões de tempo e percepção estabelecidos pela sociedade contemporânea.
Sobre Analu Cunha
Analu Cunha é artista, professora associada do Instituto de Artes (IART/UERJ) e do Programa de Pós-graduação em Artes (PPGArtes/UERJ) na Linha de pesquisa Arte, Experiência e Linguagem. Formada em Comunicação Visual (EBA/UFRJ), é mestre e doutora em Linguagens Visuais pelo PPGAV/UFRJ, com pós-doutorado PNPD/CAPES na mesma instituição. Durante o doutorado, cumpriu estágio PDEE na École Doctorale Arts plastiques, esthétiques e sciences de l’art na Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne. Entre 2011 e 2020 foi professora de videoarte e videoinstalação na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Atuou nos cursos de pós-graduação lato sensu em Ensino da Arte da EAV/Parque Lage/Instituto de Artes/UERJ, no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais PPGAV/EBA/UFRJ e no Programa de Pós-Graduação em Música PPGM/UFRJ. Foi Coordenadora de exposições das galerias COEXPA/DECULT/UERJ entre 2018 e 2019. É uma das editoras da Revista Concinnitas (IART/PPGARtes/UERJ), em 2014, lançou o livro Analu Cunha, com entrevista de Glória Ferreira e textos de Tania Rivera e Wilton Montenegro sobre sua produção artística. Desde 2021 desenvolve o projeto A imagem em descompasso com auxílio da bolsa Prociência (Faperj/Uerj) e, a partir de 2023, do Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (Faperj). Expõe regularmente no Brasil e no exterior e trabalha como artista visual, curadora e pesquisadora, com ênfase na área da videoarte e dos elementos constitutivos do audiovisual: som, imagem e ritmo em suas implicações sociais e antropológicas.
Sessões em exibição
Ana Alvarenga
Leia a placa acima da porta [para Poito], 2024
Vídeo digital, 1’03”
Sinopse: Leia a placa antes de assistir o vídeo.
Minibio: Doutora e Mestra em Artes pelo PPGArtes/UERJ. Atualmente, faz estágio de Pós-doutorado no mesmo programa. Artista com pesquisa em videoarte iniciada em 2016, passou a integrar o grupo A Perplexa – acompanhamento de projetos em videoarte e cinema experimental na EAV/Parque Lage, Rio de Janeiro, no período de 2018 a 2020.
Clara Mayall
Pigmaleão e Galateia, [para Cyber], 2024
Vídeo digital, 2’09”
Sinopse: A emocionante história de Pigmaleão, escultor, e Galateia, sua escultura.
Minibio: Clara Mayall é artista visual, formada em artes visuais bacharelado pela UERJ,
cursando o mestrado na mesma instituição. Profundamente interessada no entrelaçamento entre palavra e imagem, explora linguagem, identidade e o espaço entre confissão e inconfessável, diante do sonho de ser honesta e ser capaz de usar a própria voz. Seu trabalho inclui desenho, pintura, videoarte, quadrinhos, livros de artista, zines, entre outros.
Cyber Irene
Retrocesso [para Francisco], 2024, 2’06”, 1920×1080
Sinopse: Foi aos poucos que as peças se encaixaram. Foi em 1997 que nasci. Minibio: Cyber Irene é um ser digital e multiartista. Graduada como Bacharel em Artes Visuais pela UERJ, sua principal linguagem artística é o vídeo, por onde retrata e monta suas experiências web-antropológicas para observação e questionamento. Explora a internet e meios de comunicação a fim de entender os porquês e participar do cabeamento. Também aborda assuntos como suicidio e abuso sexual. Nasceu e vive no Rio de Janeiro e na internet com suas outras personas Cruel Citra e Yaku-chan.
Francisco Bragança
Verbocentrismo [para Yaminaah], 2024
Vídeo digital, 1’47”
Sinopse: O verbo no centro e entendimentos díspares à esquerda e à direita.
Minibio: Francisco Bragança atua como técnico de som direto, operador de áudio de TV, professor de cinema e audiovisual. Atualmente faz seu doutoramento no PPGArtes da UERJ com uma pesquisa sobre sonoridades no cinema brasileiro contemporâneo.
Letícia Dutra
Ritmos maquínicos [para Vitória], 2024
Vídeo digital, 1’38”
Sinopse: Um minuto não vai fazer diferença.
Minibio: Letícia Dutra é uma artista nascida na baixada fluminense e criada no ambiente multicultural da internet. É aluna do bacharelado em artes visuais no Instituto de Artes da UERJ. Suas principais mídias são a fotografia e as palavras. Na vida e em sua pesquisa artística, está em busca do silêncio.
Lucas Casemiro
Sirius [para Sema], 2024, Vídeo digital, 1’42”
Sinopse: Um registro caseiro em torno das ideias de dualidade, imaginação e equívocos intencionais da cabeça.
Minibio: Estudante do bacharelado e da licenciatura em Artes Visuais do Instituto de Artes da UERJ, Lucas Casemiro trabalha, majoritariamente, nos campos do vídeo e da materialidade em torno de seus interesses na paisagem, no tempo e num corpo ausente, que se apresenta por ecos ou indícios. Lucas tem desenvolvido práticas relacionadas à falha, à ruína e a dessincronia como modos de deslocar ou capturar forças, grandezas e objetos imateriais, imensuráveis ou inominados.
Poito
Ida [para Clara], 2024
Vídeo digital, 1’19”
Sinopse: Um “vídeo desenho” que explora a ambiguidade de frases que são comumente usadas como motivacionais, mas que também carregam consigo uma conotação que leva a culpa, ansiedade e a crise existencial.
Minibio: Meu nome é Poito, sou graduanda em Artes Visuais bacharelado na UERJ e minha pesquisa envolve majoritariamente o campo do audiovisual como a arte sonora, a videoarte e o cinema, mas também trabalho com ilustração e a projeção de luz e sombra. Com meus trabalhos busco externalizar e comunicar questões intrapessoais que me rodeiam. Já expus no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Tropigalpão, na Galeria da Passagem e na Galeria Gustavo Schnoor, ambas na UERJ.
Sema
Um vocabulário [para Clara], 2024
Vídeo digital, 1’03”
Sinopse: O trabalho consiste em um conjunto de palavras e expressões que evocam imagens de sedução e desejo.
Minibio: Mestre em Arte e Cultura Contemporânea pelo PPGArtes UERJ, possui bacharelado em Artes Visuais pela mesma instituição. Pesquisa práticas curatoriais que promovam o protagonismo da população LGBTQIA+ e estratégias de sobrevivência de jovens artistas. Já participou de exposições na Galeria Anita Schwartz, no Paço Imperial, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, na Casa França-Brasil, dentre outros.
Vitória Porto
Vigília [para Sema], 2024
Vídeo digital, 2’37”
Sinopse: Eram quase cinco horas da manhã quando acordei.
Minibio: Vitória Porto (Angra dos Reis, 2000) possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense e atualmente é mestranda no PPGArtes UERJ. Seus trabalhos exploram os limites entre a imagem e a escrita, se desenvolvendo principalmente na fotografia, instalação, vídeo e desenho. O arquivo tem sido seu principal material de pesquisa, onde as experimentações com a montagem investigam o ruído, a paisagem e o sonho.
Yaminaah Abayomi
É, eu menti [para Sema], 2024
Vídeo digital, 2’37”
Sinopse: Esse vídeo só tem uma foto.
Minibio: Yaminaah Abayomi mora e trabalha no Rio de Janeiro, onde se graduou em Comunicação Social, com Habilitação em Audiovisual, pela ECo – UFRJ. Artista multimídia, ela desenvolve pesquisa sobre a relação entre formas circulares e o tempo no curso de mestrado do PPGARTES – UERJ. Em sua trajetória, destacam-se os seus fenascistoscópios e também as pinturas, instalações e animações que compõem a série Guiança.
Artistas: Ana Alvarenga, Clara Mayall, Cyber Irene, Francisco Bragança, Letícia Dutra, Lucas Casemiro, Poito, Sema, Vitória Porto e Yaminaah Abayomi
Curadoria: Analu Cunha
Postado por CFB em 23/ago/2024 -
No sábado, 31 de agosto, das 16h às 19h, a Casa França-Brasil convida o cineclube Pajubá para exibição dos filmes Emocionado (2024) dirigido por Pedro Melo, Tea For Two (2028) dirigido por Julia Katharine, Babi e Elvis (2019) dirigido por Mariana Borges e Os Últimos Românticos do Mundo (2020) dirigido por Henrique Arruda, em paralelo às programações expositivas da Casa. A programação inicia com bate-papo, seguido de exibição.
Sessão São Amores:
Curadoria por Rafael Ribeiro e Lucas Nathan
Texto por Lucas Nathan e Rafael Ribeiro
“E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”.
(Soneto de Fidelidade, de Vinicius de Moraes)
O que é o amor? Um sentimento que é entendido de diferentes formas para diferentes pessoas com diferentes vidas? Não sabemos de fato como o definir, já que sua subjetividade abre uma gama de possibilidades de experimentá-lo. O amor é um sentimento que nos torna vivo, que vem de dentro e nos sinestesia por completo; anárquico a qualquer segmento e ordem social. Alguns até tentaram o instrumentalizar em uma fórmula, compulsando um imaginário coletivo do que ele seria, mas não passa de tentativas sem uma exata confirmação.
E como são os amores experimentados dentro das inúmeras formas de se vivenciar gênero e sexualidade? Transgredir as amarras cis-heteronormatividade demandam um caminho muitas vezes sem referencial para conseguirmos nos permitir amar. Além disso, nossas vivências permeiam caminhos do amor árduo, inseridos em espaços de estigma e repulsa social. Então esse amor é resistência, é firmando esse direito que faz com que nos sintamos potentes para (re)existirmos.
É contemplando as singularidades que são possíveis experienciar o amor que essa sessão é planejada. Começando em um pico de amor jovial, mesclado com adrenalina e cultura gamer em Emocionado, onde acompanhamos o jovem Erick e sua paixão repentina pelo “boy” que sua amiga o mostrou. A partir da primeira curtida de fotos, os dois meninos não param mais de se falar, quando Erick menos espera já está vidrado nesse amor. Percebemos com a protagonista Silvia, em Tea For Two, que nunca é tarde para encontrar novamente o amor e que ele pode aparecer até no meio da solidão cotidiana. Somos testemunhas em Babi e Elvis que o ato de casar deve ser permitido a todos que o desejam e sonham com isso. Com a felicidade estampada no rosto e ansiedade nos beiços, Bárbara, a protagonista, nos cativa ao longo do documentário com sua fiel autenticidade. Por fim, o mundo está acabando, o que fazer? Se amar e dançar, é o que Pedro e Miguel, decidem fazer, o amor e a esperança da eternidade são celebrados em Os Últimos Românticos do Mundo, que fecha essa sessão.
Com uma temática tão abrangente, seria impossível dar conta de tantas formas de amar. Aqui escolhemos trazer uma perspectiva positiva, entendendo que não podemos encaixar o amor em um armário e moldá-lo à uma forma, mas sim, o deixar livre, onde cada um o entende à sua maneira. É salutar ter o amor em nosso cotidiano LGBTI+, ainda mais onde a solidão pode vir a ser uma constância em nossas vidas, ou até a efemeridade de nossa existência. Através desses filmes, podemos sentir o amor no ar não só entre personagens e sujeitos, mas em todos os aspectos que permeiam essas produções. A disposição de seus realizadores de criarem narrativas afetivas ajudam a construir um futuro onde a busca por esse sentimento seja menos árdua para nós. Logo, vos digo, amem-se e deixem ser amados!
Sobre o cineclube Pajubá
O Núcleo Pajubá atua em diferentes frentes de produção pela valorização da produção de audiovisual de narrativas LGBTI+ brasileira e independente. O Cineclube Pajubá valoriza e celebra curtas-metragens brasileiros premiados produzidos por realizadores LGBTI+, contribuindo para a ampliação do diálogo e da representatividade de uma rica cinematografia que possui pouco espaço de exibição após passagem por circuito de festivais. Entendem que essas produções possuem mais liberdade para tocar em temas, estéticas e narrativas que não são contempladas por produções do cinema comercial, sendo uma poderosa ferramenta de visibilidade pautas, identidades e expressões dissidentes. Para o Cineclube Pajubá interessa pensar: qual a linguagem que os realizadores LGBTI+ estão produzindo e que é só nosso? Qual é o pajubá do cinema brasileiro? Através de sessões temáticas, apresentam uma gama de filmes que formam um mosaico para essa premissa.
Programação
– Emocionado (Direção: Pedro Melo, PE, 2024, 15′) – Classificação: 12 anos
Sinopse: “Emocionado”, acompanha uma semana da vida de Erick, jovem que cursa o ensino médio e trabalha através do estágio Jovem Aprendiz como entregador de uma loja de artigos de videogame. A história começa quando ele conversa pelas redes sociais com um Boy por quem ele se interessa, até o momento em que a relação não vai para frente e ele precisa encarar essa frustração com ajuda da sua melhor amiga, Duda.
– Tea For Two (Direção: Julia Katharine, SP, 2018, 25′) – Classificação: 12 anos
Sinopse: Silvia é uma cineasta de meia-idade em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da ex-mulher, que a abandonou há alguns anos, conhece outra mulher que a fascina.
– Babi e Elvis (Direção: Mariana Borges, MG, 2019, 18′) – Classificação: 14 anos
Sinopse: Babi vai se casar com Elvis no Bar do Fernando.
– Os Últimos Românticos do Mundo (Direção: Henrique Arruda, PE, 2020, 23′) – Classificação: 14 anos
Sinopse: 2050. O mundo como conhecemos está prestes a ser extinto por uma nuvem rosa. Distante do caos urbano, Pedro e Miguel só buscam a eternidade
Sobre os diretores
Pedro Melo é formado em cinema e audiovisual pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi cinegrafista e montador da Casa de Cinema de Olinda, em projetos para televisão e coordenador do Projeto Bezerros aprendizagem conectada para a Secretaria de Educação de Bezerros, PE. É diretor e montador de Playlist, premiado melhor curta pelo júri crítico, no festival de cinema de Caruaru 2020. e em 5 categorias no CinePE 2021 e de Emocionado, Melhor Roteiro, Melhor Montagem e Melhor atriz pelo CinePE 2024.
Julia Katharine é uma cineasta, roteirista e atriz brasileira. Foi a primeira cineasta transexual do Brasil a entrar no circuito comercial como diretora de um filme, com o curta-metragem Tea for Two, em 2019. Trabalhou como atriz em quatro filmes de Gustavo Vinagre: Três Tigres Tristes; Filme-catástrofe; Os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter consigo mesmo e Lembro mais dos corvos. Neste último, no qual foi também co-roteirista, sua participação lhe rendeu o Prêmio Helena Ignez. Em 2020, foi citada como parte dos “Top 10 Novos Cineastas Brasileiros” em uma lista feita pelo portal Papo de Cinema através de uma votação entre diversos críticos de todo o país. A justificativa alega que o cinema de Katharine surge como uma das mais potentes forças do cinema brasileiro, que gradativamente abraça a diversidade como um elemento imprescindível para contar histórias, junto com um estilo que propõe a reflexão por meio da valorização da palavra e dos gestos.
Mariana Borges é formada em Comunicação Social pela UFMG e pós-graduada em Artes Plásticas e Contemporaneidade pela Escola Guignard. Realiza projetos fotográficos e cinematográficos desde 2010. Dirigiu o filme ”Babi & Elvis”, selecionado para integrar o XV Panorama Internacional Coisa de Cinema de 2019, a 23º Mostra de Cinema de Tiradentes de 2020, o XV CineBH, o 27º Festival de Cinema de Vitória e a 1ª MAMu; co-dirigiu “Essentia”, ao lado de Gabriel Sung, selecionado para a Mostra do Cine Sesc em 2017, além do curta “Jornal também é patrimônio”, eleito melhor curtíssimo nacional, no Lobo Fest, em 2017. Atualmente trabalha como freelancer, produzindo filmes autorais para o segmento da Cultura.
Indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021, da Academia Brasileira de Cinema, na categoria curta-metragem por “Os Últimos Românticos do Mundo”, Henrique Arruda é natural de Recife, Pernambuco, e trabalha com cinema nas áreas de Roteiro, Direção, e Direção de Arte. Possui 4 curtas-metragens autorais realizados, que juntos somam mais de 60 prêmios, e exibições em mais de 100 janelas ao redor do mundo. Fundador do selo audiovisual Filmes de Marte, por onde realiza suas obras, e projetos diversos na área de difusão e formação, Henrique também é idealizador do “MarteLab”, laboratório de desenvolvimento de curtas-metragens para realizadores LGBTQIA+ brasileiros.
Sobre a convidada
Sabine Passareli, 29 anos, artista independente. Terapeuta ocupacional graduada e especialista em Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente trabalha no Centro de Atenção Psicossocial III Mauricio de Sousa.
31 de Agosto de 2024, das 16h às 19h
Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro
Classificação indicativa 14 anos
Entrada gratuita
Postado por CFB em 15/ago/2024 -
Entre 24 de agosto e 20 de outubro de 2024 a Casa França-Brasil receberá a
exposição Pintura de borda: série rosa-choque, individual da artista Mirela Luz com curadoria de Izabela Pucu.
A abertura acontecerá no dia 24 de agosto de 2024 às 15h.
A exposição Pintura de borda: série rosa-choque é um desdobramento da pesquisa de doutoramento em Linguagens Visuais da artista cuja investigação parte de um embate do trabalho com os discursos e as narrativas contemporâneas, com a história da arte e com o reconhecimento de uma posição enquanto uma mulher artista produzindo pintura no Brasil. As pinturas são desenvolvidas a partir de um somatório de tempos, camadas e práticas artísticas que tensionam técnicas menos convencionais como a utilização da tinta esmalte e tinta spray, que repercutem uma atmosfera masculinizada pela indicação à construção civil e a coberturas de materiais como madeira e metal, ao uso do estêncil de crochê, herança pessoal do enxoval de casamento da artista.
Quando recupera tais peças de crochê as utilizando como estêncil de pinturas, além de exercerem um papel relevante no trabalho devido à sua forma e estrutura geométrica como padrão, também violam simbolicamente a instituição social do casamento na medida em que ressignificam o enxoval e impregnam as obras com a presença de mulheres anônimas, invisíveis, que tem no ofício do crochê o seu modo de subsistência.
A tabela de cores “intensas e vibrantes” das tintas esmaltes comercializadas no mercado tem algumas nomeações generificadas, assim como os esmaltes de unha, tais como “sapato de salto”, “batom de cereja”, “encontro ardente”, “buquê-de-noiva”, “jardim de princesa”, dentre tantos, ao contrário das escalas de outros matizes, salvo algumas exceções. Nesse sentido, a série Cor de rosa-choque foi desenvolvida a partir da paleta dos magentas cujas tintas são preparadas na máquina e os títulos dos trabalhos apropriados das nomeações do fabricante.
Assumir o rosa-choque como tema de uma série de pinturas é uma estratégia, uma forma de atritar a construção social da cor a uma formação pictórica tradicional acionando signos do artesanato popular, da história da arte europeia, dos procedimentos artísticos aos discursos feministas. Não à toa, a referência à música de Rita Lee, “Cor de rosa-choque”, que substitui o rosa feminino e delicado pelo rosa-choque, e choque aqui no sentido de força, de impacto.
Serviço:
Terça a domingo, das 10h às 17h.
Atendimento Exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental: Todas quartas-feiras, de 10h às 11h.
Entrada gratuita
Endereço: Casa França-Brasil / Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro/RJ
Contato: (21) 96582-2666
E-mail: contatos@casafrancabrasil.rj.gov.br
Classificação indicativa: livre
Postado por CFB em 15/jul/2024 -
Projeto #VemPraCasa convida cineclube Cine Grande Otelo
No sábado, 20 de julho, das 16h às 19h, a Casa França-Brasil convida o cineclube Cine Grande Otelo para exibição do filme “Jardim de Guerra” (1970), do cineasta Neville D’Almeida, com curadoria de Bianca Mattos, em paralelo às programações expositivas da Casa. A programação inicia com a apresentação do diretor e cineasta Neville D’Almeida, seguida de exibição e bate-papo sobre as dificuldades enfrentadas pelo Cinema Nacional ao longo das gerações. Neste dia a Casa ficará aberta para visitação até às 19h.
No #VemPraCasa, a proposta do cineclube é uma abordagem decolonial do cinema, visando a valorização da cultura cinematográfica nacional e conscientizar acerca dos problemas que o audiovisual brasileiro enfrenta. Entende-se que boa parte desses problemas e obstáculos partem de um conservadorismo latente na sociedade brasileira e mesmo mundial. No ano de 2024, fez 60 anos do Golpe Militar que instaurou uma Ditadura no Brasil, um período que deixou incontáveis mazelas, uma delas sendo a tradição de censurar a arte e os artistas. Este cineclube faz parte de um curso de História, e um dos papéis atribuídos ao historiador é conservar a memória. Neste sentido, Jardim de Guerra (1970) foi escolhido como forma de preservar e divulgar nossa história já que seu autor, Neville D’ Almeida, sofreu inúmeras tentativas de censura durante a Ditadura Militar, e Jardim de Guerra foi dado como perdido durante muito tempo.
Sobre o cineclube Cine Grande Otelo
O projeto do Cineclube Grande Otelo, idealizado por Bianca Mattos, parte da atual gestão do Centro Acadêmico de História Marta Gomes, partiu da vontade de promover uma descolonização do conhecimento e do consumo da cultura, além de engajar os alunos em atividades extracurriculares. Através da exibição de filmes que não sejam apenas oriundos de Hollywood, pretende-se ampliar o leque do audiovisual e promover debates sobre a própria noção de arte.
Com o foco principalmente no cinema nacional, a proposta é refletir sobre o cinema no Brasil, nossos movimentos cinematográficos e como, apesar da escassez de recursos, nosso cinema segue resistindo e produzindo grandes obras de arte.
Programação
Jardim de Guerra (Direção: Neville D’Almeida, 1970, 1h40min.)
Edson, um jovem que sonha em ser cineasta, apaixona-se pela famosa atriz Maria do Rosário, uma mulher cheia de ideais revolucionários. Este romance desperta em Edson um desejo pela revolução e a vontade de mudar o mundo com seus filmes. Entusiasmado, o jovem decide seguir seu grande sonho. No entanto, a questão financeira se torna um grande empecilho para a concretização desse desejo. Na procura por financiamento, Edson acaba sendo injustamente acusado de terrorismo por uma organização da direita, e é preso e torturado por oficiais.
Sobre Neville D’Almeida
Neville Duarte de Almeida (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1941). Cineasta, roteirista, escritor, ator, fotógrafo e artista multimídia brasileiro. Iniciou sua carreira no cinema nos anos 60, acompanhou e fez parte de inúmeros movimentos importantes para a cultura brasileira como o Cinema Novo, Cinema Marginal e Pornochanchada. Enquanto artista, durante a Ditadura Militar, Neville enfrentou inúmeras tentativas de censura a sua obra, sendo Jardim de Guerra um dos seus filmes que ficaram perdidos pelo tempo. Sua obra se destacou no final dos anos 70 com o filme “A Dama da Lotação”, adaptação da peça de Nelson Rodrigues, e estrelado por Sônia Braga. O filme foi uma das maiores bilheterias nacionais da história, se destacando até hoje como a sétima maior bilheteria do país. Além do cinema, Neville se aventurou em inúmeras outras áreas, se tornou um artista multidisciplinar e hoje é um dos maiores tesouros da cultura brasileira.
Sobre Bianca Mattos
Bianca Mattos, graduanda do 4° período de História – FFP/ UERJ e fundadora do cineclube Grande Otelo. A criação do cineclube partiu da vontade de promover uma descolonização do conhecimento e do consumo da cultura, além de engajar os alunos da UERJ em atividades extracurriculares. É membro da gestão atual do Centro Acadêmico de História na pasta de administração. Suas pesquisas atuais são: Racismo Epistemológico e suas consequências para a Pedagogia, trabalho publicado pela FIPED, e Cultura LGBTQIA+ com foco em Ballroom e suas extensões brasileiras.
Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro
Entrada gratuita
Classificação Indicativa 16 anos