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Arquivo de novembro 23America/Sao_Paulo 2023

Exposição Viva Viva Escola Viva

Postado por CFB em 23/nov/2023 -

Entre 2 de dezembro de 2023 e 28 de janeiro de 2024, o Selvagem, ciclo de estudos vai celebrar as Escolas Vivas com uma grande exposição de artes e medicinas aqui na Casa França-Brasil, centro do Rio de Janeiro. VIVA VIVA ESCOLA VIVA será o primeiro grande encontro, mediado por Ailton Krenak e Cristine Takuá, dos artistas, professores, pajés e mestres que representam e conduzem as Escolas Vivas.

A abertura será no sábado, 02/12, às 15h, contará com 13 convidados indígenas e terá uma grande roda de cantos e falas de representantes de cada Escola Viva, seguida do lançamento do livro UM RIO UM PÁSSARO, de Ailton Krenak, às 17h, com mesa de autógrafos.

Serão mais de 100 obras expostas, entre elas, pinturas, desenhos Maxakali, aquarelas Baniwa, um painel de miçangas, um pano professor Huni Kuï, cestarias, animais em madeira, uma cartografia da Nhe’ërÿ – um grande mapa da Mata Atlântica pintado por jovens artistas Guarani -, uma pintura de Ailton Krenak e uma Farmácia Viva Amazônica organizada pelo Centro de Medicina Bahserikowi, que traz preparados medicinais dos povos Tukano e Desana.

Basne Puru Yuxibu, Jasoni Sales Ixã. Aldeia Mae Bena, Rio Tarauacá. | Fonte: Livro Una Shubu Hiwea

Também compõem a programação:

● Seminário APRENDIZAGEM VIVA, conduzido por Cristine Takuá, pensado para educadores, professores e agentes envolvidos com a transformação dos modelos de aprendizagem. Tem como principais temas: 

  1. O que é uma Escola Viva?;
  2. O que é uma escola?;
  3. Escuta e construção de autonomias; 
  4. Aprendizagem sensível;
  5. Relações entre seres vivos; 
  6. O Sol e a questão climática; 
  7. Inclusão de narrativas pluriversais na educação; 
  8. Criação de redes de colaboração.

Data: 4 de dezembro, das 10h às 17h, com inscrições prévias pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe4RqUA8V0em55vHYrdWxdYxDBaLs1zA_U2SemCD4BMGr6m6g/viewform

● 5 oficinas conduzidas pelo Grupo Crianças da Comunidade Selvagem ao longo do período da exposição, para crianças de 02 a 11 anos, acompanhadas por seus responsáveis ou em grupos escolares.

Data: aos sábados, dias 02, 09, 16 de dezembro de 2023 e 13 e 24 de janeiro de 2024. Por ordem de chegada.

● Estará disponível no canal do Selvagem no YouTube, a partir do dia 03 de dezembro, o filme NI ININPA CASAS DE ESSÊNCIAS HUNI KUÏ, narrado pelo pajé Dua Busë. O filme apresenta a chegada dos laboratórios de medicina indígena nas aldeias, com imagens de colheita, destilação, óleos e plantas.

Foto: Juliana Nabuco

SOBRE AS OFICINAS

O Grupo Crianças é uma iniciativa da Comunidade Selvagem que elabora vivências e materiais lúdicos e pedagógicos com e para crianças.

O grupo se movimenta no sentido de tornar outros mundos possíveis. O fio condutor do grupo é o Sol, fonte primária da energia da vida. A partir dele, são tecidas pesquisas de histórias de origem e organizadas oficinas que criam diálogos com as crianças.

 A coordenação é feita por Veronica Pinheiro, brincante, professora da Rede Pública Municipal do Rio de Janeiro e pesquisadora do ensino de arte para as relações étnico-raciais como mestranda do Programa de Pós-graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Realizamos encontros com crianças e professores em escolas públicas, museus, aldeias e quilombos para compartilhamento de saberes e fazeres artísticos e culturais mediados por pessoas indígenas e quilombolas.

O grupo articula-se com as Escolas Vivas através da experiência dos encontros que colaboram para o acordamento e a criação de memórias pluriversais.

Uma série de encontros acontecerá ao longo da exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA.

Entre 02 de dezembro de 2023 a 27 de janeiro de 2024, aos sábados, teremos imersões em cores, sons, formas e mitos. Serão 5 encontros, realizados pelo Grupo Crianças Selvagem em colaboração com artistas-educadores convidados. As atividades articulam referências e movimentos de vida vindos da exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA, por meio de contação de histórias, visitas guiadas à exposição e oficinas.

Dia 02 de dezembro de 2023, das 15h às 17h – Oficina “Viva Escola Viva e os Guardiões da Floresta”

Oficina de criação dedicada à semana de abertura da exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA. Por meio de histórias contadas pela educadora Veronica Pinheiro, o público infantil conhecerá o mito A canoa da transformação. Em seguida serão realizadas oficinas de desenho, tear, criação de fantoches e biojóias, mediadas por Elvira Sateré Mawé.

Dia 09 de dezembro de 2023, das 10h às 12h – Oficina “Terra viva Maxakali”

Uma experiência de imersão no mundo das tintas naturais, prática que vivencia o colorir com tintas ancestrais. Mediada por Jhon Bermond, a atividade articula memórias, saberes e fazeres tradicionais. Teremos também contação de histórias, visita guiada à exposição e pintura em tecido.

 Dia 16 de dezembro de 2023, das 10h às 12h – Oficina “AVAXI TAKUA: O milho sagrado Guarani”

Um mergulho no mundo do mito e da criação de animações. Mediada por Matheus Marins, do Laboratório de Animação, as crianças poderão criar suas próprias animações para contar histórias por meio de processos experimentais e materiais diversos. Nesse mesmo dia teremos uma roda de saberes e sabores sobre comida e afeto, mediada por Cláudia Lima.

 Dia 13 de janeiro de 2024, às 10h – Oficinas: “Um Rio Um Pássaro” e “Huni Kuï – Floresta, nossa farmácia”

Nesse dia serão oferecidas duas oficinas: uma para olhar para o céu e outra para olhar para a terra. Com a presença de Carlos Papá, as crianças ouvirão histórias sobre Ailton Krenak e sua viagem às terras Huni Kuï. Teremos oficinas de confecção de papagaio (pipa) e plantio de mudas, ações pensadas para construir diálogos entre vida, natureza e sonho.

Dia 24 de janeiro de 2024, às 15h – Oficina “Cerâmica Tukano e Baniwa – Licença para a Vovó Argila”

“Minha vovó, dona das argilas, viemos buscar argila para o meu trabalho”. Essas são as palavras ditas pelas mulheres Tukano ao irem colher a argila. Neste encontro teremos trocas de saberes e fazeres sobre a relação sagrada e artística com a argila. A oficina para crianças será um momento de criação de possibilidades de intimidade com a terra. Repensar a relação com os seres é uma das formas de reduzir os desperdícios presentes nos processos escolares e artísticos, além de ampliar as possibilidades de envolvimento com a vida.

SOBRE OS CONVIDADOS

AILTON KRENAK

Pensador, ambientalista e uma das principais vozes do saber indígena. Criou, juntamente com a Dantes Editora, o Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida. Vive na aldeia Krenak, nas margens do rio Doce, em Minas Gerais. É autor dos livros Ideias para adiar o fim do mundo (Companhia das Letras, 2019), O amanhã não está à venda (Companhia das Letras, 2020), A vida não é útil (Companhia das Letras, 2020), Futuro ancestral (Companhia das Letras, 2022) e Um rio um pássaro (Dantes Editora, 2023).

CRISTINE TAKUÁ

Educadora, mãe, parteira, pensadora Maxakali que habita há 20 anos, com seu companheiro,Carlos Papá Porã Mirim, e seus filhos, Kauê e Djeguaká. Formada em Filosofia pela UNESP, tem experiência em projetos relacionados a plantas de cura, como o Projeto Ka’agui Poty [Flores da Mata]. É diretora do Instituto Maracá e foi representante, por São Paulo, na Comissão Guarani Yvy Rupa (2016/2019).Criou publicações sobre o modo de ser Guarani e suas práticas de educação. Trabalha tecendo pensamento entre filosofia, artes, empoderamento e resistência. Dentre os inúmeros projetos e eventos dos quais participou, foi coordenadora da Oca da Sabedoria durante os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Tocantins, em 2015; curadora da Mostra Audiovisual Índio.doc, realizada no SESC Vila Mariana; membra fundadora do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas do Estado de São Paulo (Fapisp); convidada do Festival Tela Indígena, realizado em Porto Alegre; curadora do rec.tyty – Festival de artes indígenas; consultora pedagógica da Exposição Moquém-Surari, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), durante a 34a Bienal de São Paulo. Cris é, também, colaboradora do Selvagem. Desde 2022 coordena o projeto Escolas Vivas.

CARLOS PAPÁ

Carlos Papá Mirim Poty pertence ao povo Guarani Mbya. É morador da aldeia do Rio Silveira e guardião das palavras sagradas Guarani. Ao longo dos últimos anos, Papá vem soprando ao mundo mensagens sobre a importância da valorização e do respeito à Nhe’ërÿ, a Mata Atlântica. Através de Ayvu Porã, as boas e belas palavras, ele transmite a filosofia e a memória ancestral deixadas por seus avós. Trabalha há mais de 20 anos com audiovisual, cultivando a memória e a história de seu povo através de oficinas culturais com os jovens. Atua também como líder espiritual em sua comunidade, sendo conhecedor das plantas que curam e orientam o nosso caminhar. É representante da Comissão Guarani Yvy Rupa e também fundador e conselheiro do Instituto Maracá. São inúmeros os projetos e eventos dos quais participou e para os quais vem sendo convidado nos últimos anos, tais como: Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Tocantins, 2015; ciclo de debates Mekukradjá – Círculo de Saberes, no Itaú Cultural; diversas sessões, mostras e festivais de cinema, como o Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena, o Festival Tela Indígena, realizado em Porto Alegre, e o Festival de Culturas Indígenas no Memorial da América Latina, em São Paulo. Foi curador do rec.tyty – Festival de artes indígenas. Participou como artista da exposição Moquém-Surari, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), durante a 34a Bienal de São Paulo, e é colaborador do Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida.

SUELI MAXAKALI

Sueli Maxakali nasceu em 1976, no município de Santa Helena de Minas, e é uma liderança do povo Maxakali, povo indígena originário de uma região compreendida entre os atuais estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Forçados a se deslocar de suas terras ancestrais para resistir a diversas agressões que se acumulam há séculos e que chegaram a deixá-los em risco de extinção nos anos 1940, os Tikmũ’ũn mantêm vivas sua língua e sua cultura, estando hoje divididos em comunidades distribuídas pelo Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Além de liderança, educadora e fotógrafa, Sueli é também realizadora audiovisual.Com Isael Maxakali, ela tem produzido alguns dos filmes mais emblemáticos da produção da arte indígena contemporânea, no sentido de registrar e difundir rituais e tradições ancestrais, ao mesmo tempo transcendendo, com sua poesia, o engajamento na luta pelos direitos dos povos originários. Na 34a Bienal, a artista apresentou a instalação Kumxop koxuk yõg (Os espíritos das minhas filhas), um conjunto de objetos, máscaras e vestidos que remetem ao universo mítico das Yãmĩyhex, as mulheres-espírito.

ISAEL MAXAKALI

Isael Maxakali nasceu em 1978, na aldeia de Água Boa, em Minas Gerais, onde cresceu ouvindo e aprendendo os cantos e histórias dos espíritos Yãmĩyxop. Hoje vive na aldeia de Ladainha, em Minas Gerais. Em 1993, casou-se com Sueli Maxakali, sua companheira de vida e trabalho. Na virada do século, ele assumiu a kuxex, casa dos cantos, tornando-se uma jovem liderança do seu povo. Foi indicado como professor pelas lideranças locais, aproximou-se do universo não indígena e começou a participar de atividades ligadas à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Graduou-se no curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas, na UFMG. Movido pelo desejo de mostrar a cultura Maxakali, iniciou seu percurso pelo cinema. Hoje é um dos principais diretores indígenas em atuação no Brasil, desenvolvendo uma obra constituída por filmes-rituais, documentários e animações. O cinema de Isael é indissociável de sua trajetória como liderança política, professor, pesquisador, desenhista, tradutor, aprendiz de pajé e cantor, conhecedor de parte do vasto repertório mantido e recriado pelos Maxakali. Em 2020, recebeu o prêmio Carlos Reichenbach de Melhor Longa-Metragem da 23a Mostra de Cinema de Tiradentes com o filme Yãmĩyhex: as mulheres-espírito (2019), dirigido com Sueli Maxakali. Recebeu também o Prêmio PIPA online, uma das principais premiações de arte contemporânea do Brasil. Atualmente sonha com a aquisição da terra para onde se transferiu com mais de 100 famílias Maxakali, para a criação do seu projeto Aldeia Escola Floresta.

JOÃO PAULO LIMA BARRETO

João Paulo Lima Barreto nasceu na comunidade São Domingos, no Alto Rio Negro, estado do Amazonas, norte do Brasil. É um ativista indígena do povo Ye’pamahsã (Tukano), antropólogo e professor na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Foi o primeiro indígena a defender o doutorado em Antropologia pela Ufam. Trabalhou no Ensino Fundamental e Superior e também em organizações indígenas do Amazonas. Foi o idealizador e co-fundador do Centro de Medicina Indígena da Amazônia, uma clínica criada em 2017 especificamente para servir ao povo. João Paulo virá acompanhado de seu irmão ANACLETO LIMA BARRETO e de CARLA WISU, indígena Desana do alto Rio Negro, artesã e administradora do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi e organizadora da Farmácia Viva da Exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA.

DUA BUSË 

Pajé e professor, vive na aldeia Coração da Floresta, no Alto Rio Jordão, no Acre, na divisa com o Peru. Possui profundos saberes da cultura, histórias, medicina, música e espiritualidade Huni Kuï e, ao longo dos anos, tem transmitido seus conhecimentos para outros pajés e aprendizes.

TERESA NETË

Netë Teresa é uma mestra artesã de tecelagem e conhecedora de 26 kenês (grafismos sagrados) da tradição Huni Kuï , que remonta ao tempo dos Shenipabu (povo antigo). Junto com Dua Busë, abriu a escola de tecelagem chamada Una Shubu Xinã Kuï. Essa escola tradicional ensina 13 jovens artesãs da comunidade a aplicar os kenês que ela conhece, para que a sabedoria ancestral ritualística (ritos, cantos, costumes) e dos grafismos seja preservada. O desejo é que as jovens mães (e algumas já avós) possam ter uma oportunidade de sustento para suas famílias e autonomia através de seu trabalho.

ISAKÁ HUNI KUÏ

Morador da aldeia São Joaquim, é professor e trabalha com as plantas da floresta produzindo óleos essenciais.

FRANCY BANIWA

Francineia Bitencourt Fontes (Francy Baniwa) é mulher indígena, antropóloga, fotógrafa e pesquisadora do povo Baniwa, do clã Waliperedakeenai, nascida na comunidade de Assunção, no Baixo Rio Içana, na Terra Indígena Alto Rio Negro, município de São Gabriel da Cachoeira/AM. Engajada nas organizações e no movimento indígena do Rio Negro há uma década, atua, trabalha e pesquisa nas áreas de etnologia indígena, gênero, organizações indígenas, conhecimento tradicional, memória, narrativa, fotografia e audiovisual. É graduada em Licenciatura em Sociologia (2016) pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). É mestra (2019) e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS-MN/UFRJ). É diretora do documentário Kupixá asui peé itá — A roça e seus caminhos, de 2020. Atualmente coordena o projeto ecológico pioneiro de produção de absorventes de pano Amaronai Itá – Kunhaitá Kitiwara, financiado pelo Fundo Indígena do Rio Negro (FIRN/FOIRN), pelo empoderamento e dignidade menstrual das mulheres do território indígena alto-rio-negrino. É autora do livro Umbigo do Mundo, Mitologia, Ritual e Memória Baniwa Waliperedakeenai – escrito a partir das narrações de seu pai, Francisco Fontes Baniwa, e ilustrado por seu irmão, Frank Fontes Baniwa – lançado pela Dantes Editora em 2023.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL:

MOISÉS PIYÃKO

Respeitado xamã do povo Ashaninka, é conhecedor das tradições espirituais de seu povo. Mora na aldeia Apiwtxa, localizada às margens do Rio Amônia, no Acre.

A exposição VIVA VIVA ESCOLA VIVA é gratuita, assim como todas as atividades e materiais do Selvagem. 

Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro, RJ

De terça a domingo, das 10h às 17h.

Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental: quartas-feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes.



Lançamento do Catálogo “Franz Weissmann: Ritmo e Movimento” e Mesa Redonda

Postado por CFB em 14/nov/2023 -

Neste sábado, 18/11, às 15h30, acontecerá o lançamento do Catálogo Franz Weissmann: Ritmo e Movimento com distribuição gratuita de 50 exemplares seguido de Mesa Redonda com a presença dos curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto e dos convidados Adriano de Aquino, artista plástico, e Fernando de Ortega, diretor do Instituto Franz Weissmann.

A exposição Franz Weissmann: Ritmo e Movimento chega a sua última semana na Casa França-Brasil. A mostra inédita desse renomado artista, que figura entre os principais nomes do movimento neoconcreto brasileiro oferece ao público carioca a oportunidade de contemplar um conjunto de obras que ilustram diversos aspectos da trajetória desse multifacetado artista, que atuou como escultor, desenhista, pintor, professor e como escultor fundamentou as bases de um pensamento escultórico brasileiro. 

No sábado, dia 18/11, às 15h30, a exposição lança o apurado catálogo seguido de bate papo com os curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, o diretor do Instituto Franz Weissmann, Fernando Ortega, e o artista plástico Adriano Aquino.

A proposta da exposição é apresentar este importante nome da escultura brasileira para as novas gerações e também oferecer uma importante oportunidade de mergulhar em seu universo criativo e explorar a riqueza de sua expressão artística.

Franz Weissmann nasceu na Áustria em 1911 e chegou ao Brasil em 1921. Com ativa relação com o cenário cultural brasileiro, se tornou um dos mais importantes nomes dos movimentos artísticos que, nos anos 1950, transformaram o nosso ambiente artístico. Integrante do Grupo Frente (1955) e do movimento neoconcreto, suas obras sintetizam a proposta de associar o método construtivo à experiência lírica da criação artística, princípios teóricos do projeto neoconcreto carioca que alcançaram repercussão internacional pela profundidade de suas rupturas e por uma proposta de reconexão entre arte e vida. 

“Franz Weissmann: Ritmo e Movimento” é a terceira de três exposições da série “Paisagens Fluminenses” apresentadas ao longo de 2023 na Casa França-Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Contemplada na chamada do Programa Petrobras Cultural Múltiplas Expressões, conta com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, e o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, com o intuito de revitalizar a Casa França-Brasil, tomando como ponto de partida sua importância histórica, cultural e de valorização da produção artística brasileira. 

A primeira da série, Navegar é Preciso: Paisagens Fluminenses, ficou ambientada na Instituição até o dia 9 de julho com grande sucesso de público, a segunda foi O Real Transfigurado | Diálogos Com A Arte Povera | Coleção Sattamini/Mac-Niterói, encerrada no dia 17 de setembro, recebendo mais de 20 mil espectadores em menos de dois meses de exibição. 

Franz Weissmann: Ritmo e Movimento já ultrapassou a marca de 14 mil visitantes antes do seu término, que será no dia 19 de novembro. 

SOBRE OS CURADORES

Rafael Fortes Peixoto atuou como curador em diversas exposições na Danielian Galeria (RJ), como “Anna Bella Geiger – Entre os vetores do Mundo”, “Manuel Messias – Do Tamanho do Brasil”, “Modernidades Emancipadas” e “Mulherio”, e em outras instituições como a Casa de Cultura Laura Alvim (RJ) e Museu Nacional da República (DF). Ao lado de Marcus Lontra, foi curador da exposição “Raul Mourão – Lugar Geométrico”; “Navegar É Preciso: Paisagens Fluminens” e “O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói”, todas realizadas na Casa França-Brasil em 2023.

Marcus de Lontra Costa é crítico de arte e curador independente. Atuou como diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, editor da revista Módulo, crítico de arte dos periódicos O Globo, Tribuna da Imprensa e Isto É e assessor do Ministério da Cultura. Dirigiu os Museus de Arte Moderna de Brasília, do Rio de Janeiro e de Recife e foi secretário de Cultura da cidade de Nova Iguaçu (RJ). Em 2004, foi responsável pela curadoria da exposição coletiva “Onde está você, Geração 80?” no CCBB-RJ, em resposta à importante mostra realizada no Parque Lage em 1984. Atua também como parte do júri de seleção do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça. Ao lado de Rafael Peixoto, foi curador da exposição “Raul Mourão – Lugar Geométrico”; “Navegar É Preciso: Paisagens Fluminens” e “O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói”, todas realizadas na Casa França-Brasil em 2023.

SOBRE OS CONVIDADOS

Adriano de Aquino é pintor e videomaker. Inicia-se como autodidata em pintura, em 1961. Frequentou o ateliê de gravura da Escola Nacional de Belas Artes – ENBA, como aluno livre. Recebeu bolsa de estudo do governo francês, por sua participação na mostra 12 Desenhistas do Rio, e viajou para Paris, onde permaneceu de 1973 a 1976. Retornando ao Brasil, participa da exposição Geometria Sensível, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM/RJ. Posteriormente, ocupa os cargos de coordenador de artes visuais da Fundação de Arte do Estado do Rio de Janeiro – FUNARJ, entre 1982 e 1986; de superintendente dos museus da Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, entre 1990 e 1994; e de secretário de Estado da Cultura do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2001. 

Fernando Ortega é formado em Arquitetura e Urbanismo pela Mackenzie (SP). Fez doutorado de Planejamento Urbano na Escola Técnica Superior de Arquitetura (ETSAM), em Madrid. Desde 1999 é responsável técnico pela catalogação, execução e restaurações das obras do artista Franz Weissmann. Fernando Ortega tornou-se diretor vice-presidente da empresa “Weissmann e Weissmann Ltda”, criada por Franz Weissmann e sua filha Waltraud. Desde então é consultor e assessor de exposições de obras e publicações sobre o artista Franz Weissmann

18 de Novembro de 2023 às 15h30

Entrada Gratuita


Oficina “Eu Sou Você” E Bate Papo, com Allegra Ceccarelli

Postado por CFB em 09/nov/2023 -

Oficina gratuita de Dança-Teatro Balinesa, com 2 horas de duração, e bate-papo com a artista e diretora teatral Allegra Ceccarelli, voltado para mulheres de diferentes classes, etnias, corpos, idades e zonas do RJ. 

SOBRE A OFICINA

O objetivo da oficina é uma introdução à linguagem corporal da dança-teatro ancestral Balinesa, com conteúdo teórico-prático. A oficina e o bate-papo ainda contarão com tradução em libras e audiodescrição para o público PCD. A técnica de expressão corporal balinesa será trabalhada para o uso de máscaras, tendo como foco o estudo utilizado para o Topeng (máscara) Balinês. 

As alunas vivenciarão práticas ancestrais da arte balinesa, que as possibilitarão uma reconexão artística com suas próprias linhagens ancestrais, assim como também com as forças da natureza. 

O QUE SERÁ ABORDADO: 

1) Exercícios de meditação e respiração para atentar o estado de presença;

2) História e contextualização da cultura e da arte balinesa;

3) Estudo prático da técnica da dança-teatro balinesa, um corpo assimétrico: como mexer as pernas, pés, braços, mãos, olhos, bacia e como integrar o centro do corpo. Trabalhar o equilíbrio dentro do desequilíbrio; 

4) Estudo de uma pequena coreografia para a personagem Condong;

5) Jogos de improviso.

O bate-papo será sobre a experiência pessoal da artista Allegra Ceccarelli e de sua performance “EU SOU VOCÊ” no Festival ¡Hola Rio!, assim como também outras experiências profissionais vividas pela artista, que há 11 anos internacionaliza o seu trabalho, morando entre Londres, Bali e o Rio de Janeiro. 

SOBRE ALLEGRA CECCARELLI

Allegra Ceccarelli é uma artista transdisciplinar que possui mestrado em artes cênicas pela East 15 Acting School, em Londres. Em 2015, foi premiada com uma bolsa para estudar a dança-teatro-ancestral Balinesa na Universidade ISI Denpasar, em Bali (Indonésia), onde atualmente segue desenvolvendo a sua pesquisa de arte e ritual com diferentes mestres de vilarejos locais. É fundadora e diretora da RangdArt, uma companhia de arte-ritual-performativa-feminista, onde desenvolve a sua pesquisa sobre ecofeminismo, ancestralidade e misticismo, através das técnicas ancestrais balinesas, incorporação de máscaras e outras técnicas contemporâneas de teatro, dança e música, criando trabalhos voltados para o palco, espaços alternativos e videoartes. 

Para mais informações sobre a oficina “EU SOU VOCÊ”, acesse: www.rangdart.com

17 de novembro de 2023, das 14h às 17h

São 15 vagas gratuitas disponíveis para pessoas que se identificam como mulheres, com inscrição prévia pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScQlaCS_Jimv7OEs_wHfY46qXAFONsTSdTD8WxO-J6b7DatiA/viewform

O resultado será divulgado por email.

Esta atividade faz parte da programação do “Festival ¡Hola Rio!” realizado em Madrid este ano, através da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Workshop Processo Criativo Do Espetáculo “Vamos Comprar um Poeta” com Duda Maia

Postado por CFB em 09/nov/2023 -

O workshop tem o objetivo de traçar uma linha de tempo de todo processo de concepção, produção e construção do espetáculo “Vamos Comprar Um Poeta” até os dias de hoje. E com isso estabelecer uma troca com artistas, criadores, estudantes e interessados em arte, para criar uma rede de discussão sobre a evolução e propagação do fazer teatral.

SOBRE A PEÇA

“Vamos Comprar um Poeta”, inspirado no livro homônimo de Afonso Cruz, narra a chegada de um poeta à casa de uma família comum. Nesse lar, moram um pai, que só pensa em ganhar dinheiro; uma mãe, que organiza todos os dias os trabalhos domésticos; uma menina esperta e curiosa que gosta de entender o significado das coisas; e um menino apaixonado, que adora fazer contas. O Poeta ensina os pequenos a observarem borboletas, escreverem os próprios poemas e a darem abraços. Com uma encenação lúdica e dinâmica, que mistura música, poesia, teatro e movimento, a montagem cria uma divertida reflexão sobre a nossa capacidade de invenção, o significado de produtividade e a importância da amizade. Uma celebração à arte e ao amor pela cultura.

SOBRE DUDA MAIA

Formada pela Escola de Dança Angel Vianna. Foi professora de corpo do Curso Profissionalizante de Atores da CAL (1998-2008). De 1996 a 2006, foi diretora e coreógrafa da Trupe do Passo. Entre 2012 e 2014, recebeu o prêmio Zilka Sallaberry de Melhor Direção, ao lado de Lúcio Mauro Filho, com o infantil “Uma Peça como Eu Gosto”. Com o espetáculo “AUÊ”, ganhou os Prêmios Cesgranrio e Shell de Melhor Direção. Diretora da premiada Trilogia musical infantojuvenil com os espetáculos “A Gaiola”, “Contos Partidos de Amor” e  “Vamos Comprar Um Poeta”. Duda Maia dirigiu o espetáculo “O Tempo Não Dá Tempo” – um híbrido de teatro, dança e multimídia em homenagem aos 90 anos de Angel Vianna. Dirigiu o musical “ELZA”, por esse trabalho ganhou os prêmios Cesgranrio, Reverência, Botequim Cultural, Brasil Musical e Bibi Ferreira de Melhor Direção. É diretora de “Jacksons do Pandeiro, musical inspirado em Jackson do Pandeiro com a companhia A Barca dos Corações Partidos. O espetáculo está indicado ao Prêmio Cesgranrio, inclusive nas categorias Melhor Espetáculo e Direção. É criadora do musical infantil “Zaquim”. Dirigiu o projeto “Viramundo” com Balé do TCA – Teatro Castro Alves, em homenagem aos 80 anos de Gilberto Gil. Diretora de “Manoel”, espetáculo inspirado no universo do autor Manoel de Barros. Atualmente está em cartaz com o seu novo espetáculo infantojuvenil, “Mundaréu de Mim”, de Vitor Rocha e produzido pelo IBT.

16 de novembro de 2023 das 14h às 16h

Inscrições gratuitas pelo WhatsApp: 21 97277-6081

Esta atividade faz parte da programação do “Festival ¡Hola Rio!” realizado em Madrid deste ano, através da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.

Lançamento do livro “ArteGestoAção – Minhas mãos são minha liberdade” e Roda de Conversa com as organizadoras

Postado por CFB em 06/nov/2023 -

No sábado, 11/11, às 11h, a Casa receberá o lançamento do livro “ArteGestoAção – Minhas mãos são minha liberdade”, organizado pelas artistas e educadoras Isabel Carneiro, Lucia Vignoli e Nena Balthar e publicado pela editora Amandai. 

A publicação traz em relevo a produção artística de alunos do Instituto Nacional de Educação de Surdos situado no Rio de Janeiro e a produção textual de pesquisadores do grupo Artegestoação.

O lançamento contará com distribuição gratuita de 100 exemplares do livro e uma roda de conversa com as organizadoras. 

Este livro foi realizado com o fomento do EDITAL FAPERJ Nº 49/2021 – Programa de Apoio à Editoração – 2021.

SOBRE O GRUPO

Formado por pesquisadores, docentes e estudantes, de diferentes instituições de ensino e pesquisa do Rio de Janeiro – INES, IFRJ, Colégio Pedro II e Instituto de Artes da UERJ – o grupo ArteGestoAção apresenta o desafio de propor práticas e ações pedagógicas transdisciplinares em educação com surdos, na interface com a linguagem artística, outras linguagens e áreas do conhecimento. 

Trabalhando com a ideia de transbordar fronteiras disciplinares e práticas curriculares, como um movimento pedagógico necessário na tessitura de uma pedagogia visual em educação bilíngue de surdos.

O grupo integra a Rede de formação Docente: Narrativas e Experiências (Rede Formad) e estabelece diálogos com outros coletivos.

SOBRE AS ORGANIZADORAS

Isabel Carneiro é artista, pesquisadora e professora adjunta do instituto de artes da UERJ, professora do PPGARTES/UERJ na linha arte, sujeito e cidade. Doutora pelo PPGARTES/EBA/UERJ na linha de linguagens visuais produziu fragmentos plásticos e sonoros como forma de concretizar ideias sobre a heterogeneidade de meios e as relações abruptas entre temporalidades inconciliáveis. Realizou parte de sua pesquisa de tese na Paris 1-sorbonne de setembro de 2013 a agosto de 2014 com auxílio da bolsa capes.

Lucia Vignoli é artista, doutora em arte e cultura contemporânea – PPGARTES/UERJ – professora de artes do Instituto Nacional de Educação de Surdos/INES. Pesquisa a confluência entre paisagem, literatura, música e memória. Participa do grupo de pesquisa ArteGestoAção, tecendo práticas que se interligam para uma educação antirracista, feminista e ecológica. Investiga a confluência entre arte e agroecologia na educação com surdos e realiza os projetos horta-oca e SemeArte.

Nena Balthar é artista e doutora pelo PPGARTES/UERJ. Graduada pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Desenvolve pesquisa na área de desenho e gravura e coordena o projeto narrativas visuais em periferias urbanas. Participou de exposições no brasil e no exterior, entre elas decurso, no espaço anexo do museu da inconfidência em Ouro Preto, Jardim Atlântico na galeria do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra e The Double-Mouth na galeria USF Verftet na Noruega. Possui obras nas coleções do Museu de Arte do Rio (MAR) e na EAV Parque Lage. Atualmente é professora no Instituto Federal do Rio de Janeiro, campus Belford Roxo. 

11 de Novembro de 2023 às 11h

Entrada gratuita

Música No Museu Apresenta XIII RioWindsFestival Com Trio Lucent

Postado por CFB em 06/nov/2023 -

Dando sequência ao evento que vem sendo realizado há 12 anos e sempre no mês de novembro, o projeto Música no Museu apresenta o XIII RioWindsFestival – 2023 – com a participação de importantes musicistas de sopros de várias partes do mundo além dos brasileiros de maior destaque.

A Casa França-Brasil conta com duas apresentações, nos dias 03 e 10 de novembro, ambas com início às 12h30.

Nesta segunda edição, no dia 10/11, será com a participação do Trio Lucent.

SOBRE AS MUSICISTAS

Jackie Mcllwain atua como Professora Associada de Clarinete Universidade do Sul do Mississippi. Em 2017, tornou-se Educadora de Mapeamento Corporal e atualmente é mentora de treinamento da Association for Body Mapping Education. McIlwain incorporou habilmente essas práticas em sua pedagogia diária do clarinete e tem sido uma apresentadora desejada em conferências internacionais, nacionais e estaduais. Ainda em 2017, aceitou o convite para se tornar Artista-Clínica da Vandoren, onde teve o privilégio de apresentar as clínicas da Vandoren a clarinetistas de todas as idades em escolas que vão desde o ensino secundário até às universidades. 

Julie Detweiler, clarinetista e educadora, é instrutora adjunta na Florida State University e se apresenta regularmente com a Orquestra Sinfônica de Tallahassee, sendo Artista-Clínico da Vandoren. Fortemente comprometida com a música de câmara, é também membro fundadora do Ensemble Apricity, um duo de oboé-clarinete baseado em Tallahassee. Possui doutorado em música pela Florida State University, bem como diplomas da Northwestern University e da Crane School of Music da SUNY Potsdam. Detweiler já lecionou em programas pré-universitários na Juilliard School e na Manhattan School of Music e continua mantendo um estúdio de ensino particular.

Deloise Chagas Lima é natural de Curitiba, Brasil. Em 2005, ingressou no corpo docente de teclado da Faculdade de Música da Florida State University. Recebeu o Bacharelado em Piano pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Brasil, um Certificado de Performance em piano pelo Trinity College of Music, Londres, e é associada do Royal College of Music em performance de órgão. Após seus primeiros estudos, Lima recebeu o Mestrado em Música em Piano e Literatura pela Universidade de Notre Dame du Lac e o Doutor em Artes Musicais pela Florida State University.

Para mais informações sobre o projeto Música no Museu, acesse: https://www.musicanomuseu.com.br/ 

10 de novembro de 2023 às 12h30

Entrada gratuita