fbpx
Arquivo de julho 17America/Sao_Paulo 2023

Experiência Em Montagem na exposição “O Real Transfigurado”

Postado por CFB em 17/jul/2023 -

Experiência Em Montagem na exposição O Real Transfigurado | Diálogos com a Arte Povera | Coleção Sattamini/MAC-Niterói com os curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto

A experiência tem como objetivo apresentar, de maneira prática, o percurso para a montagem de uma exposição. A partir dos recortes curatoriais, das alternativas adotadas para a expografia e montagem da exposição O Real Transfigurado, serão apresentados e discutidos o projeto museográfico e seus diversos processos até a montagem final, com a presença dos curadores Marcus Lontra e Rafael Peixoto na Casa França-Brasil. O encontro terá a duração de 2 horas e oferecerá certificado de participação.

Para realizar sua inscrição, clique aqui para preencher o formulário.

20 de Julho de 2024 | 15h às 17h

Gratuito | Presencial

20 vagas disponíveis por ordem de inscrição até 19 de Julho às 12h (p.m.). 

Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro, RJ

O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI

Postado por CFB em 17/jul/2023 -

“A arte povera ainda é hoje uma fonte de referência essencial para se compreender a arte contemporânea brasileira”

– Marcus de Lontra Costa

A exposição “O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI” ocupa, a partir de 22 de julho, o espaço monumental da Casa França-Brasil, no centro do Rio, e apresenta ao público carioca um conjunto de 36 obras em diferentes técnicas, formatos e materiais. Com o patrocínio da Petrobras e curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, a exposição chama atenção para a influência e os diálogos com a arte povera na produção artística brasileira.

Anna Bella Geiger – Sem título, 1979
Imagem: Paulinho Muniz

Este movimento, que teve origem na Itália no final dos anos 1960, buscava uma relação mais vivencial com a arte, em resposta a um mercado em ascensão que transformava a criação artística em produto comercial. Para isso, os artistas da arte povera, em italiano arte pobre, usavam materiais diversos do cotidiano que nem sempre eram considerados nobres, e faziam uma provocação tanto sobre o que era ser artista, com forte influência das ideias do francês Marchel Duchamp, como também do papel da arte na sociedade de consumo. Assim como a pop arte e a arte conceitual, que se desenvolveram no mesmo período, esse movimento foi responsável por libertações técnicas e temáticas que abriram caminhos para várias questões que até hoje fazem parte das pesquisas contemporâneas. A influência destas três vanguardas no Brasil do final dos anos 1960 aconteceu em meio ao conturbado cenário político e econômico da ditadura militar. Como resposta à repressão e à violência, grande parte da produção artística desta época trazia um caráter essencialmente subversivo e de denúncia. Se na Europa e nos Estados Unidos a crítica visava a sociedade de consumo, no Brasil, a contestação assumia o papel de resistência democrática, a favor da liberdade, onde o corpo era o principal espaço da ação artística. Nos últimos anos, a importância da pop e da arte conceitual nessas esferas vem sendo estudada por diversos críticos, mas a povera, no entanto, permanece pouco conhecida tanto no ambiente artístico como pelo grande público. A exposição “O real transfigurado” reúne obras que exemplificam os diálogos entre questões da povera italiana e da experiência brasileira.

“Talvez uma das maiores contribuições desse movimento foi a provocação por uma expressão artística pulsante contra uma ideia de objeto artístico estático. Para isso, os artistas lançavam mão de materiais diversos, considerados vulgares pela tradição da arte, como produtos perecíveis e até mesmo animais vivos, como é o caso da icônica obra “Pappagallo” feita por Jannis Kounellis em 1967. Apesar de muito já se refletir sobre essas particularidades latino americanas nos movimentos pop e conceitual, ainda é pouca a consciência, tanto da classe artística como do público geral, da importância da povera”, diz Rafael Fortes Peixoto, um dos curadores da mostra.

“A exposição tem artistas que se referem diretamente a arte povera com obras referenciais dos anos de 1970 como os trabalhos do Barrio, de Antonio Manuel e de Anna Bella Geiger, e as decorrências futuras dessa influência da polvera que chegam a artistas como Eliane Duarte, que é uma artista que merece ser revista no cenário da arte carioca e brasileira, Nazaré Pacheco, Nelson Felix. A exposição também tem o compromisso de apresentar artistas diretamente referenciados a este movimento durante o período da ditadura militar, como também um grupo de artistas já dos anos de 1980 e 1990 que dialogam à distância com essa questão da arte povera. A arte povera ainda é hoje uma fonte de referência essencial para se compreender a arte contemporânea brasileira”, explica o curador Marcus de Lontra Costa.

Antônio Dias – “The Illusionist”, 1971
Imagem: Jaime Acioli

As obras que compõe a mostra pertencem à icônica Coleção João Sattamini, em comodato com o MAC-Niterói desde 1991. Composta por mais de 1000 obras, a coleção foi criada ao longo de trinta anos de colecionismo e traz um amplo panorama da produção artística brasileira da segunda metade do século XX. Entre os 33 artistas selecionados para a exposição estão nomes referenciais da arte brasileira, como Antonio Dias, Cildo Meireles, Anna Bella Geiger, Ernesto Neto, Frans Krajcberg, Arthur Barrio, Tunga, Nelson Felix, Iole de Freitas, Antonio Manuel, Nazareth Pacheco, entre outros.

Além de incentivar uma reflexão sobre a influência da povera no Brasil, a exposição pretende provocar o público a experienciar a arte fora de padrões estéticos e formais, percebendo a obra de arte como experiência do material no espaço, onde espectador e obra, exercem a mesma função.

“O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI” é a segunda de três exposições que acontecem ao longo de 2023. Contemplada na chamada do programa Petrobras Cultural Múltiplas Expressões, conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, e o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, com o intuito de revitalizar a Casa França Brasil, tomando como ponto de partida sua importância histórica de espaço de cultural e de valorização da produção artística brasileira. A primeira da série, “Navegar é Preciso – paisagens fluminenses”, ficou ambientada na Casa França-Brasil até o dia 9 de julho com grande sucesso de público.

Luiz Ernesto – “Equilibrando-se em luz revela-se”, 2012
Imagem: Jaimi Acioli

Serviço:

O REAL TRANSFIGURADO | DIÁLOGOS COM A ARTE POVERA | COLEÇÃO SATTAMINI/MAC-NITERÓI

Curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto

Casa França-Brasil

Artistas: Afonso Tostes, Angela Freiberger, Anna Bella Geiger, Antonio Dias, Antonio Manuel, Artur Barrio, Camille Kachani, Chico Cunha, Cildo Meireles, Emmanuel Nassar, Delson Uchôa, Eliane Duarte, Ernesto Neto, Farnese de Andrade, Franz Krajcberg, Iole de Freitas, Ivens Machado, Icléa Goldberg, Jorge Barrão, Jorge Duarte, Katie van Scherpenberg, Leda Catunda, Luiz Ernesto, Marcos Cardoso, Marcos Coelho Benjamin, Nelson Felix, Nazareth Pacheco, Nelson Leirner, Nuno Ramos, Ricardo Ventura, Sérgio Romagnolo, Tunga, Wesley Duke Lee

Abertura: sábado, 22 de julho de 2023 – 16 horas

Exposição de 22 de julho a 17 de setembro de 2023

Casa França-Brasil

Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro.

De terça a domingo, das 10h às 17h.

Horário de atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e mental: quartas feiras de 10h às 11h. Local acessível para cadeirantes.

Entrada Gratuita.

Mesa Redonda e Lançamento do Catálogo da exposição Navegar É Preciso

Postado por CFB em 07/jul/2023 -

Sábado, dia 8 de julho, às 16h, lançamento do catálogo e conversa entre os curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto com o historiador Paulo Knauss sobre aspectos históricos do estado do Rio de Janeiro e sua iconografia, relacionando-os à mostra Navegar é Preciso. Sujeito a lotação.

Última chance para o público visitar a exposição “Navegar é Preciso – paisagens fluminenses”, que ocupa as salas do histórico prédio da Casa França-Brasil, no centro do Rio, até o dia 9 de julho de 2023.

Sobre Paulo Knauss

Doutor em História, é professor do Departamento de História da UFF, membro do Comitê Brasileiro de História da Arte e da Academia Brasileira de Arte e sócio do IHGB e do IHGRJ. Entre 2015 e 2020 foi diretor do Museu Histórico Nacional (RJ). Como pesquisador, tem se dedicado ao estudo de relações entre arte, imagem e cultura visual, explorando especialmente a história de acervos e coleções. É autor publicado em diversas coletâneas. Atua também em curadoria de exposições, sendo as mais recentes as co-curadorias de “Cores da Paisagem – Nápoles-Rio no olhar de artistas italianos do século XIX”, realizada entre 2022 e 2023 no Paço Imperial- RJ, e “Imagens que não se conformam”, realizada inicialmente no Museu de Arte do Rio entre 2021 e 2022 e com itinerância pelo Brasil.

Sobre Marcus de Lontra Costa

Curador da mostra Navegar É Preciso – Paisagens Fluminenses, é crítico de arte e curador independente. Atuou como diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, editor da revista Módulo, crítico de arte dos periódicos O Globo, Tribuna da Imprensa e Isto É e assessor do Ministério da Cultura. Dirigiu os Museus de Arte Moderna de Brasília, do Rio de Janeiro e de Recife e foi secretário de Cultura da cidade de Nova Iguaçu (RJ). Em 2004, foi responsável pela curadoria da exposição coletiva “Onde está você, Geração 80?” no CCBB-RJ, em resposta à importante mostra realizada no Parque Lage em 1984. Atua também como parte do júri de seleção do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça. Ao lado de Rafael Peixoto, foi curador da exposição “Raul Mourão – Lugar Geométrico” realizada na Casa França-Brasil entre março e abril de 2023.

Sobre Rafael Fortes Peixoto

Curador da mostra Navegar É Preciso – Paisagens Fluminenses. Atuou como curador em diversas exposições na Danielian Galeria (RJ), como “Anna Bella Geiger – Entre os vetores do Mundo”, “Manuel Messias – Do Tamanho do Brasil”, “Modernidades Emancipadas” e “Mulherio”, e em outras instituições como a Casa de Cultura Laura Alvim (RJ) e Museu Nacional da República (DF). Ao lado de Marcus Lontra, foi curador da exposiç ão “Raul Mourão – Lugar Geomét ric o” realizada na Casa França-Brasil entre março e abril de 2023.


Com o patrocínio da Petrobras e curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, a mostra reúne mais de 70 obras de 35 artistas que nasceram em cidades do Estado do Rio de Janeiro, ou que tenham escolhido essas cidades como ambiente para o desenvolvimento de suas pesquisas. A proposta da exposição é traçar um amplo panorama da riqueza cultural desse estado para além da capital. O título escolhido faz citação à frase que remete aos últimos anos do Império Romano, no século I a.c. e que foi imortalizada no imaginário coletivo pelo poeta português Fernando Pessoa para propor um olhar amplo para importância do Estado do Rio de Janeiro como centro de produção artística e cultural no Brasil. “Por ser capital do Império e da República durante muitos anos, o Rio sempre recebeu pessoas de diversos lugares do mundo, com diferentes vontades, comportamentos, culturas e histórias. Todas essas influências, construíram uma espécie de cosmopolitismo carioca que se ramificou por todo o estado, gerando fluxos culturais de grande importância” aponta o curador Rafael Fortes Peixoto.

O eclético grupo reunido para a mostra comprova essa riqueza artística enfatizada pela curadoria. Além da produção recente de alguns artistas, a mostra também dedica uma atenção especial à história da paisagem do Rio de Janeiro, trazendo pinturas icônicas de

Antonio Parreiras, Georg Grimm, Batista da Costa, Francisco Coculilo, Di Cavalcanti, Carlos Scliar e Newton Rezende, criando um contexto cronológico e estético para a exposição. Entre pinturas, esculturas, instalações e vídeos a exposição apresenta obras de: Abelardo Zaluar; Alvaro Seixas; Andréa Facchini; Bob Cardim; Chico Tabibuia, Cipriano, Daniel Lannes; Deneir; Edmilson Nunes; Francisco Coculilo, Gonçalo Ivo; Jarbas Lopes, João Carlos Galvão, Jarbas Lopes, Jorge Duarte; Lúcia Laguna; Luiz Aquila; Luiz Badia; Marcos Cardoso; Nelson Felix; Osvaldo Carvalho; Paiva Brasil; Pedro Varela, Rafael Alonso; Rafael Vicente; Raimundo Rodriguez; Raquel Saliba; Robson Macedo; Rodrigo Pedrosa; Wilson Piran.

Além disso, a ideia de paisagens fluminenses, que incorpora o gentílico comum a todos nascidos no Estado do Rio, refere-se aos vários afluentes que desembocam na capital trazendo suas influências e produções.

“Navegar é Preciso” é a primeira de três exposições do projeto Paisagens Fluminense que acontece ao longo de 2023. Contemplada na chamada Múltiplas Expressões, do Programa Petrobras Cultural, conta com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, e o patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura, com o intuito de revitalizar a Casa França Brasil, tomando como ponto de partida sua importância histórica de espaço de cultural e de valorização da produção artística brasileira.

Serviço:
NAVEGAR É PRECISO – paisagens fluminenses
Curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto
Casa França-Brasil
Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro, Rio de Janeiro.
De terça a domingo, das 10h às 17h
Artistas: Abelardo Zaluar, Alvaro Seixas, Andréa Facchini, Antonio Parreiras, Batista da Costa, Bob Cardim, Carlos Scliar, Chico Tabibuia, Cipriano, Daniel Lannes, Deneir, Di Cavalcanti, Edmilson Nunes, Francisco Coculilo, Georg Grimm, Gonçalo Ivo, Jarbas Lopes, João Carlos Galvão, Jorge Duarte, Lúcia Laguna, Luiz Aquila, Luiz Badia, Marcos Cardoso, Nelson Felix, Newton Rezende, Osvaldo Carvalho, Paiva Brasil, Pedro Varela, Rafael Alonso, Rafael Vicente, Raimundo Rodriguez, Raquel Saliba, Robson Macedo, Rodrigo Pedrosa e Wilson Piran